«Ruben Amorim tem uma competência brutal»
-Como tem visto a Liga portuguesa?
- Está nivelada um bocadinho por baixo. Não quero imputar isto às equipas, porque pode parecer que estou a fazer quase uma crítica a quem está nos clubes, mas há uma perda de alguma qualidade, talvez também pela forma como o futebol está a ser consumido.
- E a passagem de Ruben Amorim para o Manchester United, com menos impacto do que se esperaria?
- Gosto muito do Ruben. Ele é um exemplo, sobretudo para os treinadores mais novos. É uma pessoa com quem partilho algumas ideias e tenho essa oportunidade e essa felicidade. Quero muito que ele tenha sucesso, porque o sucesso dele será o sucesso de outros portugueses que vão ter as portas abertas. A única garantia que tenho é que ele tem uma competência brutal. Isso é mais do que óbvio.
- Estagiou também com o Roger Schmidt. Como foi a partilha de ideias?
- Quando estava na equipa técnica do André, defrontámos o Leverkusen, em dois anos consecutivos, na Champions League pelo Zenit. E a proposta de jogo dele era impressionante. Nunca tinha visto alguém a fazer aquilo e, de certa forma, surpreendeu-me. Tal como o Nápoles do Sarri. Há determinadas equipas que chamam a atenção por fazerem coisas diferentes. E a do Roger Schmidt fazia-o pela agressividade na pressão, que era impressionante. Depois entrei em contato com ele e tive a oportunidade de ver os treinos dele e gostei muito. E a partir daí mantivemos contato e depois defrontámos-nos na China também.