Rochele: «Canto o hino bem alto e cheia de orgulho»
Antes de defrontar a cazaque Kamila Berlikash (17.ª do ranking mundial) na final dos +78 kg no Grand Slam de Abu Dhabi, êxito que lhe permitiu arrebatar a primeira medalha de ouro no num total de 18 pódios no Circuito Mundial entre slams e grand prix, Rochele Nunes (12.ª), de 34 anos, começou o dia por estar isenta da ronda inaugural, para depois ir, sucessivamente, ultrapassando, sempre por ippon, a moldava Oxana Diacenco (62.ª), a italiana Asya Tavano (21.ª), que considerou ter sido o combate mais complicado, e a gigante (1,90m) russa Elis Startseva (64.ª) nas meias-finais por castigos.
Depois, na cerimónia do pódio e apesar de ter celebrado a conquista do ouro, desta vez Rochele não se emocionou, ou pelo não o exteriorizou. Mas fez questão de cantar o hino do principio ao fim. E ouvia-se bem, graças aos microfones, que o estava a cantar.
«Ah! Claro, sempre que oiço o hino passa-me um filme… Sei que há muita gente que critica atletas naturalizados por isso, mas a verdade é que é muito difícil fazer essa transição, ter amor e sentimo-nos inseridas na comunidade ao qual não se tem raízes. Mas a verdade é que não são documentos que dizem o que tenho no coração. Tenho orgulho de ter nascido no Brasil e da história que lá fiz, mas hoje Portugal é o país que escolhi e me escolheu para ser a melhor. Por isso canto o hino bem alto e cheia de orgulho», concluiu.