Presidente do Légia Varsóvia acusa: «Fui brutalmente agredido várias vezes»
Dariuzs Mioduski, presidente do Légia Varsóvia, falou esta tarde, já na Polónia, nos acontecimentos verificados nos Países Baixos, depois do jogo com o AZ Alkmaar, que culminaram com a detenção do português Josué e do sérvio Pankov. O clube mostrou vários vídeos filmados dos momentos de tensão, incluindo agressões ao próprio presidente.
«A verdade é óbvia. Não conheço nenhum caso em que uma comitiva tenha sido atacada por seguranças e polícias. Dizer que somos os culpados quando o trabalho deles é manter-nos seguros é um escândalo por si só», diz, falando sobre ter «detetado um sentimento anti-polaco na cidade, dizendo que não nos queriam lá, afastando de restaurantes». «Tenho um grande amigo neerlandês que viu o jogo ao pé de mim e me disse estar muito envergonhado. Isto mostra o que aconteceu.»
«Espero que o Josué e o Pankov cheguem hoje ou amanhã de manhã. Sei que a UEFA está a trabalhar para garantir que os jogadores sejam libertados. A UEFA merece o nosso agradecimento», conta. «Só tivemos contacto com os jogadores através do advogado.
«Para mim, o que aconteceu é um escândalo. Há muitos anos que vou a jogos do Cazaquistão a Portugal. Já vi algumas situações, com o nosso autocarro a ser atacado por adeptos rivais. Mas nunca vi a nossa equipa, funcionários ou diretores serem atacados pela segurança e pela polícia! Nós não vamos deixar isto passar», garante.
"Nie odpuścimy tego tematu."
— Legia Warszawa 🏆 (@LegiaWarszawa) October 6, 2023
Zapis konferencji prasowej prezesa Dariusza Mioduskiego na temat wydarzeń po meczu AZ - Legia.
➡️ https://t.co/1Bzihn86HL pic.twitter.com/eER2sL7y3o
«Já quanto ao Alkmaar estou surpreendido por ainda não nos terem contactado», avança, falando das agressões de que foi alvo: «Eu estava com a equipa, identificado com as cores do clube. Disse à polícia quem era e que tinham de nos tratar com respeito. Tirei o telefone e disse que ia começar a gravar porque era inaceitável, e tiraram-me o telefone e atiraram-no ao chão. Fui brutalmente agredido várias vezes.»
«A equipa está chocada, nunca nos acontecido nada assim», acrescenta. «Convidamos os adeptos do Alkmaar a vir à Polónia para lhes mostrarmos o que é hospitalidade e bom ambiente», diz ainda.
O porta-voz do clube dá também algum contexto: Depois do jogo, queríamos ir para o autocarro o mais rápido possível. Cumprimos todas as nossas obrigações. Ele estava estacionado em frente ao estádio, tudo normal. Quando o estádio e o estacionamento ficaram vazios, fomos impedidos de sair e apesar dos nossos pedidos, a segurança não abriu a porta. Esperámos e posteriormente surgiram comportamentos agressivos por parte dos serviços de segurança. A integridade de jogadores, treinadores e membros do clube foi violada. Não conseguimos compreender as intenções destes comportamentos no âmbito de uma competição europeia.»