Presidente da UEFA reage às ameaças de greve: «Quem mais se queixa são os que mais dinheiro ganham»
Entre jogos de campeonato, taças, competições europeias, Mundial de Clubes (no próximo verão) e compromissos das seleções, muitos futebolistas são obrigados a constantes viagens e muito jogos nas pernas e a sobrecarga do calendário tem feito com que muitos, nos últimos tempos, se tenham insurgido, levantado a voz e, até, ameaçado com uma greve.
Esta quinta-feira, Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, reagiu à situação, reconhecendo que o calendário futebolístico está preenchido «ao máximo».
«Temos de reconhecer que o calendário de jogos está cheio. Chegou ao ponto máximo, mas também é preciso ver que o impacto dele é bastante diferente nos vários clubes e nos jogadores. Alguns estão com sobrecarga, outros ainda têm bastante espaço livre. Sou solidário para com aqueles que se manifestaram, mas quem são os jogadores que se estão a queixar? São os que ganham mais dinheiro, os que têm maiores salários. Os que ganham menos não o têm feito», disse o dirigente esloveno durante a assembleia-geral da ECA (European Clubs Association), a decorrer em Atenas, Grécia.
Também Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG e da ECA, abordou o assunto. «O calendário de jogos sempre foi um problema. É preciso sentarem-se todos os responsáveis por esta indústria à mesa, de forma aberta e transparente, para perceber a melhor solução para todos e não apenas para alguns», apontou.