Petit projeta jogo em Alvalade: «Ou ganhar, ou não perder...»
Apesar de vir de três derrotas consecutivas no campeonato, Petit diz que «não há motivação maior do que estar no Jamor», perspetivando a primeira mão da meia-final em Alvalade, que se realiza amanhã. «Não há maior motivação do que estar na meia-final da Taça de Portugal e chegar à final no Jamor. Não há cansaço, quem nos dera estar sempre a jogar de três em três dias, era sinal que estávamos em várias competições. Sabemos aquilo que vamos ter de meter: agressividade, intensidade e atividade», disse o ex-internacional português.
O treinador já vai poder contar com Clayton e o Tiknaz, que falharam o Casa Pia devido a castigo, duas armas importantes tendo em conta a dificuldade do encontro. No último jogo, foi mais porque estávamos há 15 dias a trabalhar sem alguns jogadores das seleções. Apostámos muito numa mudança antes da partida com o Casa Pia, mudámos a estratégia, com o Tiago Morais como um falso avançado, depois as linhas interiores com o André e o João Graça, assim como os nossos laterais a dar profundidade. Amanhã [quinta-feira] volta o Clayton, o Demir [Tiknaz], o Aguilera também está nas opções. Na frente o Clayton tem sido a nossa referência e amanhã teremos um onze forte para discutir este jogo, com mentalidade para arrancar um resultado positivo. Ou ganhar, ou não perder».
Petit sabe do poderio do Sporting e não espera facilidades. «Nos últimos jogos, o Sporting tem alterado a linha, com 5-4-1, depois transforma-se num 4-4-2, com muita gente por dentro e a tentar abrir o jogo por fora, com o Quenda e o Trincão. Mas preparámo-nos para um Sporting forte, portanto temos de ter mentalidade, personalidade, ficar com bola e ter critério, porque o Sporting dá os seus espaços e assim, vamos querer disputar o jogo pelo jogo», frisou.
Gyokeres é sempre um jogador a levar em linha de conta e Petit não vê um antídoto para parar o goleador sueco. «Ontem, por acaso, disse aos nossos jogadores quais são as caraterísticas do avançado do Sporting. É um jogador com qualidade, intenso, que joga bem entrelinhas ou no apoio e ataque à profundidade, gosta muito de contacto. É um jogador que tem alguns pormenores e detalhes que fazem a diferença no futebol», confidenciou.
Jogar a primeira mão da meia-final pode ser uma vantagem para o Rio Ave? Petit não vê o cenário dessa forma. «É o que é, são dois jogos, nós passámos estas eliminatórias a um só jogo e não faz muito sentido agora ser a dois, mas temos dois encontros e o foco passa apenas por amanhã. A concentração passa por fazer um bom jogo amanhã, não vamos pensar no segundo jogo. Queremos um bom resultado, o Rio Ave quer sempre ganhar todas as competições. A nossa ambição é sempre discutir o resultado. Vai ser um jogo contra uma equipa de qualidade, com processos bem definidos, mas vamos com a mesma ambição com que chegámos até aqui. As últimas eliminatórias foram difíceis, custou-nos muito chegar aqui, com três jogos muito difíceis, três jogos com golos no último minuto, penáltis e prolongamento. Acreditamos neste sonho», salienta.
Petit abordou o facto de ter de jogar a duas mãos. «Sabemos que é sempre difícil jogar com um candidato ao título. Um jogo só, agora dois... Mas o nosso foco passa por resolver o jogo, embora como já disse, não faz sentido as meias-finais serem a dois jogos, eu já fui jogador. Mas é assim que funciona», reconhece.