Pavlidis pintou a cor um filme a preto e branco (notas do Benfica)
SAMUEL SOARES (5) — Noite calma. Controlou a profundidade e só fez uma defesa, a fechar.
AURSNES (6) — Dos primeiros a animar o ataque. Lançou Sudakov (4'), que não finalizou, e Ivanovic (30'), com o croata a obrigar Cañizares à primeira boa defesa, e apareceu ele mesmo na frente, como quando não segurou passe letal de Lukebakio, já na área (21'), e não aproveitou a bola longa de Otamendi para cruzar bem para Ivanovic (32'). Sempre em jogo.
ANTÓNIO SILVA (5) — Estava atrasado na jogada mais perigosa do Tondela na primeira parte, num raro erro de Aursnes, que não segurou a bola de frente para a própria baliza. Valeu-lhe a lentidão de Yefrei Rodríguez e a recuperação do resto da equipa. De resto, noite descansada.
OTAMENDI (6) — Disse a Mourinho que queria jogar e carimbou o 250.º encontro pelas águias com o 1-0, de penálti, num pontapé cheio de confiança e manha suficiente para enganar Cañizares. Sempre perigoso nas bolas paradas ofensivas. Lá atrás, tranquilo qb.
DAHL (4) — Nova exibição cinzenta do sueco. Cumpre no seu papel na organização defensiva, porém, mais à frente, é incapaz de desequilibrar. Deixou muitas vezes Schjelderup demasiado só, a lidar com dois ou três rivais pela frente, o que obrigava o norueguês a reciclar muitas vezes a posse.
ENZO (6) — Dominador na maior parte das ações, percebe-se a importância que tem não só como referência defensiva, mas também como elemento determinante para o desdobramento da equipa para o ataque. O passe sai-lhe sempre redondo do pé direito, mas precisa de trabalhar o pior, o esquerdo, e também o excesso de confiança.
BARREIRO (6) — Ofereceu-se à construção e sempre que não o pressionaram ligou-se com os colegas como na jogada do golo anulado por 1 centímetro (!) aos 48' ou mesmo no 2-0, todavia, quando mais apertava à sua volta mais hesitava e a equipa não progredia. Sem bola, voltou a fazer movimentos de rotura para a área, a fim de surpreender, contudo esteve bem vigiado. Ainda assistiu Pavlidis.
LUKEBAKIO (6) — A equipa reconhece-lhe destreza no 1x1 e chama-o muitas vezes a esses momentos, ainda que nem sempre com o espaço necessário para que tenha maior sucesso. Duas boas jogadas no primeiro tempo: aos 13', ultrapassou o rival direto e não conseguiu encaixar o passe com a diagonal de Schjelderup e, seis minutos depois, fintou Vita e rematou contra o corpo de Canizares. Desapareceu até marcar o 2-0, numa simples tapinha.
SUDAKOV (6) — Parece crescer em confiança a nível do passe de rotura. Grande desmarcação de Aursnes aos 23, muito bem a servir Ivanovic perto do intervalo e a libertar Schjelderup antes da hora de jogo. Injusta a anulação do golo que marcou, pela beleza da finalização com o pé esquerdo.
SCHJELDERUP (5) — Demasiado só para poder ter impacto no ataque posicional, ainda que tenha tomado algumas más decisões quando apareceu a conduzir transições. A sua melhor iniciativa surgiu aos 59', quando serviu Ivanovic para o tiro.
IVANOVIC (5) — É avançado de explosão no remate, porém teve guarda-redes atento pela frente aos 30' e, aos 59, atirou ligeiramente ao lado. Pouco alimentado, ainda assim trabalhou.
PRESTIANNI (5) — Mexe sempre com o jogo, pela velocidade que acrescenta, mas precipita-se na tomada de decisão.
RÍOS (6) — Entrou muito bem no encontro. Já depois de carregar a bola em alguns ataque, virou do avesso Afonso Silva antes de oferecer o golo a Lukebakio e ainda obrigou Cañizares a bela intervenção.
JOÃO REGO (-) — Cinco minutos em campo.
TOMÁS ARAÚJO (-) — Entrou para ser lateral e dar um pouco de descanso a Aursnes.