Pavlidis marcou sete golos na Liga dos Campeões 2024/2025 (MIGUEL NUNES)

Pavlidis adora a Côte d'Azur

Grego está em alta após o golo que deu a vitória na Supertaça. Apontou sete golos na Champions 2024/2025. Melhor, no Benfica, só Águas, José Torres e Eusébio. Marcou dois golos no Mónaco, vizinho do Nice

Pavlidis está on-fire. Terminou a época passada no top-ten dos marcadores da Liga dos Campeões e iniciou esta com o golo que deu a vitória do Benfica na Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Sporting (1-0), preparando-se para ser peça importante no ataque, já amanhã, no primeiro jogo com o Nice.

Antes de falarmos do jogo da 3.ª pré-eliminatória, falemos da anterior edição da Liga dos Campeões: a de 2024/2025. Sabemos bem que os franceses do PSG de Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos venceram a competição, batendo na final os italianos do Inter por estratosférico 5-0, mas olhemos em pormenor para a lista de melhores marcadores da época passada.

Começamos com Guirassy (Dortmund) e Raphinha (Barcelona) com 13 golos, passamos a Lewandowski (Barcelona) e Kane (Bayern) com 11, seguimos para Lautaro Martínez (Inter) com 9 e Halland (Man. City), Vinícius (Real Madrid) e Dembelé (PSG) com 8, por fim Jonathan David (Lille), Júlian Alvarez (Atlético Madrid), Kylian Mbappé (Real Madrid) e… Vangelis Pavlidis (Benfica) com 7.

Os sete golos do grego do Benfica foram marcados a Mónaco (3), Barcelona (3) e Juventus (1). Um terço dos golos dos encarnados na Champions 2024/2025 tiveram, pois, assinatura do seu número 14. Os restantes pertenceram a Akturkoglu e Kokçu (ambos com 4) e Di María, Bah, Arthur Cabral, Amdouni, Otamendi e Ronald Araújo (Barcelona, p.b.), todos com um.

Sete parece ser um número irrisório quando comparado com os 17 de Cristiano Ronaldo em 2013/2014, pelo Real Madrid. Porém, quando se constata que apenas três jogadores do Benfica marcaram mais golos numa só edição da Taça/Liga dos Campeões, a coisa muda ligeiramente de figura. Só José Águas (11 em 1960/1961), José Torres (11 em 1964/1965) e Eusébio (9 igualmente em 1964/1965) apresentam números superiores. E, fora do Benfica, apenas Jardel (10 em 1998/1999, pelo FC Porto) fez melhor. Há 33 anos que nenhuma águia marcava, pelo menos, sete golos. A última fora Iuran (7 em 1991/1992).

Agora, de regresso à Champions, pouco mais de seis meses após os três golos ao Barcelona até à meia hora (2', 22' e 30') e quatro depois do hat-trick no Estádio do Dragão (1', 42' e 69'), Pavlidis é a grande figura dos encarnados. Até porque já não há Di María. Nem Kokçu.

O Benfica foi imensamente feliz nos últimos dois jogos realizados na belíssima Côte d'Azur: 3-2 em novembro de 2024 e 1-0 em fevereiro de 2025, ambos os jogos frente ao Mónaco, com Pavlidis a apontar dois dos quatro golos. E ainda assistiu Akturkoglu para o 1-0 no jogo de apuramento para os oitavos de final no Stade Louis II (3-3), no principado monesgasco.

Amanhã, 21 quilómetros mais a sul, em Nice, frente ao 4.º classificado da Ligue 1 da temporada passada, atrás de PSG, Marselha e Mónaco, os encarnados querem começar com o pé direito a fase a eliminar da maior prova de clubes do Mundo (segundo jogo com o Nice a 12 de agosto). Se passar, segue-se Feyenoord ou Fenerbahçe. Sempre com Pavlidis, a águia do momento. O homem que adora a Côte d'Azur.