Países Baixos-Inglaterra: duelo por uma segunda presença na final de um Euro
Depois da Espanha ter marcado presença na final do Euro 2024 ao eliminar a França, os Países Baixos e a Inglaterra procuram chegar também ao derradeiro jogo do torneio.
A partida realiza-se em Dortmund, no Signal Iduna Park, que tem capacidade para 62 mil pessoas, e começa a partir das 20 horas locais, sendo que a final é no domingo, dia 14 de julho, à mesma hora, no Estádio Olímpico de Berlim.
Uma das duas seleções vai disputar a sua segunda final de sempre de um Campeonato da Europa, sendo que, no caso dos ingleses, seria de forma consecutiva, isto após terem perdido a edição anterior com a Itália, em Wembley, nas grandes penalidades.
Ao contrário do seu adversário desta quarta-feira, os neerlandeses conhecem o sabor de se sagrarem campeões da Europa, um feito que conseguiram em 1988, precisamente na… Alemanha.
Relativamente ao confronto direto, os neerlandeses levam ligeiramente a melhor do que os ingleses, com mais uma vitória (sete contra seis), contando ainda com nove empates.
A última vez que se defrontaram e a única vez que o fizeram de forma oficial, neste século, foi há cinco anos, em jogo das meias-finais da Liga das Nações, que os Países Baixos venceram no prolongamento, em Guimarães, acabando por perder com Portugal na final, com golo de Gonçalo Guedes.
Países Baixos
Ao longo desta fase final do Europeu, os neerlandeses acumularam três vitórias, um empate e uma derrota: venceram a Polónia (2-1), empataram com a França (0-0) e perderam com a Áustria (3-2), na fase de grupos, eliminando a Roménia (3-0) e a Turquia (2-1) no tempo regulamentar dos oitavos e quartos de final, respetivamente.
Apesar de terem terminado no terceiro lugar do grupo D, estão agora dentro das quatro melhores equipas do torneio e podem marcar presença numa final de um Campeonato da Europa… 36 anos depois.
Se isso acontecer, seria uma reedição da final do Mundial 2010… que se realizou na África do Sul e que terminou com a vitória dos espanhóis, graças a um golo de Iniesta já no prolongamento.
Equipa provável: Verbruggen, Dumfries, de Vrij, van Dijk (C), Aké, Reijnders, Schouten, Xavi Simons, Gakpo, Depay e Malen
Sem lesionados.
Ronald Koeman, selecionador dos Países Baixos, e Nathan Aké não puderam comparecer na conferência de imprensa de antevisão a este duelo, por ter sido cancelada a viagem de comboio da comitiva neerlandesa para Dortmund.
O ex-defesa foi titular em todas as partidas do Euro 1988, tendo, inclusive, marcado de penálti nas meias-finais à anfitriã, e tem o objetivo de se tornar na segunda pessoa a vencer o troféu como jogador e treinador. Berti Bogts foi o primeiro, ganhando em 1972 no relvado e 24 anos depois fora dele.
Inglaterra
Apesar das expetativas sobre o nível de futebol apresentado não terem correspondido à realidade, a verdade é que a equipa orientada por Gareth Southgate está novamente na final four do torneio.
Na fase de grupos, os ingleses conseguiram terminar no topo, com uma vitória na ronda inaugural à Sérvia (1-0), um empate a uma bola com a Dinamarca e outro empate a zero com a Eslovénia.
Já na fase a eliminar foram mais dois empates nos 90 minutos, sendo que a Inglaterra esteve muito perto de ser eliminada pela Eslováquia. No entanto, um golo de Jude Bellingham a segundos do fim do tempo regulamentar levou o jogo para prolongamento, onde Harry Kane protagonizou a reviravolta (2-1).
Com a Suíça, voltaram a recuperar de uma desvantagem no marcador e, desta vez, a decisão foi mesmo para as grandes penalidades, onde Akanji falhou e os cinco jogadores ingleses marcaram, resultando em nova presença na meia-final.
Southgate deve regressar a uma linha de quatro, que usou durante toda a competição e deve contar com Luke Shaw, que está (finalmente) recuperado de lesão, tendo até participado na última eliminatória.
Onze provável: Pickford, Walker, Stones, Guéhi, Shaw, Mainoo, Rice, Saka, Bellingham, Foden e Kane (C)
Sem lesionados.
O que disse Gareth Southgate: «No início do torneio a expetativa pesou e o barulho de fora nunca foi tão alto. Não conseguíamos colocar-nos no sítio certo. Agora é sobre o que é possível e não no que pode correr mal. Esta é a possibilidade de fazermos história. Estamos a tentar chegar a novos lugares e isso não é fácil, mas os jogadores têm sido resilientes. Estes são jogos que queremos jogar. Vivemos para estes torneios, é aqui que tens de aparecer.»
Antes de Gareth Southgate ter chegado ao comando técnico, os ingleses só tinha marcado por uma vez presença nas meias-finais, em 1996 e em casa, onde foram afastados pelos alemães, que acabariam por vencer o torneio.