«Objetivo é que o FC Porto seja ressarcido de todos os danos que sofreu»
André Villas-Boas prestou declarações à saída do Tribunal São João Novo, no Porto, esta quinta-feira, depois de ter sido ouvido como testemunha no âmbito da Operação Pretoriano. O presidente do FC Porto chegou ao tribunal por volta das 9h00 e terminou o depoimento apenas às 15h20.
Quando falava das férias, foram Fernando Madureira e Sandra Madureira que as fizeram?
«Sim, isso faz parte da Auditoria Forense. Fizemos declarar a nossa Auditoria Forense, ela é pública, portanto, e os factos estão provados.»
Há um vídeo gravado depois da Assembleia, já perto das eleições, que foi apresentado. Ficou surpreendido?
«Sim, isso é um não tema, portanto, a acreditação ao ato eleitoral do FC Porto é feita em presença de cartão de cidadão e de cartão de sócio do FC Porto, portanto, é um não tema. Eu não estou a pedir às pessoas para votarem com cartões de sócio que não são delas, como é evidente, porque não faz parte da minha natureza.»
No vídeo pode ficar essa dúvida?
«Não, não jamais.»
Sentiu algum incómodo nas perguntas que o ligavam a um agente provocador, com a sua candidatura, para o que aconteceu?
«Sim, repare, há acusação e há defesa, e naturalmente as pessoas têm todas o direito a defender-se e os seus advogados também a fazerem as suas devidas questões. Eu aqui estou para responder com a verdade.»
Não teve culpas no desenrolar a Assembleia?
«Obviamente que não, era o que mais faltava.»
Acredita que FC Porto vai ser ressarcido nos 5,5 M€?
«São outros processos, é um processo em curso o processo do bilhete dourado, que está relacionado com a bilhética. Como vocês sabem, há muitos processos a que o FC Porto deu início, por conta da Auditoria Forense, e o objetivo é que o FC Porto seja ressarcido de todos os danos que sofreu.»
O que é que espera deste processo?
«Enquanto sócio do FC Porto, jamais posso ficar satisfeito com atos de violência, intimidação e coação. Portanto, acho que haverá um ponto onde as pessoas que sentiram e sofreram na pele diretamente esses presumíveis atos de agressão, coação e intimidação, serão as melhores que poderão explicar o que é que sentiram nesse momento, bem como as mazelas associadas a essas agressões. Portanto, esse é um momento fundamental para este processo, e depois caberá, evidentemente, à acusação provar os factos.»
Com que estado de espírito é que sai daqui?
«Nada, perdi algumas horas de trabalho enquanto presidente do FC Porto, evidentemente estou aqui como assistente do FC Porto, SAD, mas perdi algumas horas de trabalho na gestão diária da equipa, que é o mais importante, gestão diária, planeamento e tudo o que corresponde à parte desportiva de um clube de futebol, equipa de futebol e as restantes modalidade.»
A noite de 13 de novembro foi a noite mais negra da história do FC Porto?
«Sim, foi uma noite triste, iniciou-se os processos, estamos aqui agora para responder, e acho que ainda é um processo longo, mas será provada a justiça. Tudo o que sair deste processo será fundamental.»