O 'mister' de A BOLA: Foi como um filme!

1. Boavista e Rafa
O Boavista apresentou-se muito bem, sinceramente, e com todo o respeito, não estava à espera de tanto da equipa axadrezada. Entrou muito bem no jogo e deu sempre o sinal de que estava ali para o discutir. Foi uma das partes muito positivas do jogo. Mas logo surgiu a qualidade de Rafa, que não marcou o primeiro golo, ofereceu-o a Di María, mas foi como se fosse dele. Foi rápido, teve reflexos e ganhou a bola a Abascal, que para não fazer falta o deixou fugir. Depois de cavalgar como sabe, Rafa ofereceu de bandeja o golo a Di María. Na altura, o jogo corria de feição para o Benfica.

2. Um filme de suspense
O Boavista foi todo ele e sempre uma equipa muito agressiva, em todas as zonas do campo. Assim, o jogo começou a ficar aberto e para os dois lados. Assistiu-se a um grande jogo de futebol, com as duas equipas e os dois treinadores a darem um grande expectáculo, parecia um daqueles filmes de suspense em que a história começa de uma maneira e que depois vira para um lado, vira para o outro e volta a virar novamente... Foi isso, um filme fantástico de futebol, com muita emoção e duas belas equipas a lutar pela vitória.

3. Musa e Di María
Musa foi expulso e é claro que foi um lance que determinou o rumo do jogo. Pelo que percebo, não foi tanto a intenção do jogador, mas a intensidade e a perigosidade do lance, tenho de aceitar o que dizem os regulamentos. Mas o Benfica teve, mesmo assim, o oportunidade de ganhar o jogo. Alterou a equipa depois da expulsão de Musa. E não posso dizer que o treinador naquela altura fosse obrigado a tomar logo uma decisão. Em relação às manifestações de desagrado por ter saído, o que me parece é que Di María estaria chateado com tudo. Estava com moral, queria ficar, saiu e ainda por cima o adversário empatou o jogo. Mais isso do que contra a substituição.

4. As opções de Schmidt
O que também me parece é que a jogar com 10, depois de Schmidt ter mexido na equipa, a partir dai foi novamente o Benfica a tomar conta do jogo. E chegaram ao 2-1. O treinador equilibrou defensivamente a equipa mas também ofensivamente, porque projetou os laterais. Poderia ter resolvido o jogo a seu favor, não se deu pelo facto do Boavista estar a jogar com mais um. Mas depois, no final, o Benfica começou a perder um pouco de gás e o Boavista esteve muito bem, nunca perdeu a cabeça, nem o atrevimento, e teve a sorte do jogo. As duas equipas mereciam os três pontos, porque lutaram muito bem por eles. Nenhuma delas merecia perder. Rafa e Boseník, o ponta de lança dos axadrezados, foram os melhores no campo, mas Petit também foi estrela, esteve muito bem. Já agora, coincidência ou não, merece reflexão o facto de Vlachodimos e Musa terem estado menos bem neste jogo depois de uma semana em que chegaram um novo ponta de lança e guarda-redes...