ACosta está farto de não vencer. Foto IMAGO

«Não tenho paciência! Não venho às corridas para gastar combustível»»

Pedro Acosta não poupa nas palavras contra a KTM, apesar do sexto lugar com que terminou o GP da Grã-Bretannha

Pedro Acosta está a ficar cada vez mais intolerante em relação às condições que a KTM lhe apresenta e, no final da corrida em Silverstone, disparou: «Não foi uma corrida estranha. Foi uma corrida de desespero! É triste tentar ser perfeito nos pontos de travagem, de aceleração, curvas e perder todo o benefício na saída, simplesmente porque não tenho a aderência dos outros. É assim. E devemos continuar», explicou o espanhol, que celebrou 21 anos no domingo.

Num fim de semana que deveria ser de festa na KTM, com Bajaj a confirmar provisoriamente a viabilidade da marca após uma injeção de 500 milhões de euros, ficou claro que há muito mais do que problemas financeiros no reino das motos laranjas, até porque as quatro ficaram fora da Q2 pela primeira vez na temporada.

E se o sexto lugar de Acosta. que saiu de 14.º, até pode parecer positivo, o espanhol atacou em todas as frente.

«Não aceito essa situação nem tenho paciência. As oportunidades surgem uma vez na vida, e não vou esperar a vida inteira para me tornar campeão mundial», avisou.

Não quero vir às corridas só para gastar combustível.

«Preciso da ajuda da fábrica e não sou só eu. As quatro KTMs ficaram fora do Q2. Somos jovens até deixarmos de ser. Pode crescer-se muito rápido e depois desaparecer. Lembram-se do Freddy Spencer? Chegou, ganhou dois títulos, depois teve um problema no braço e desapareceu!», argumentou Acosta, a aumentar as criticas.

«Não quero vir às corridas só para gastar combustível. Ainda acredito no projeto da KTM. Esta é uma fábrica que quer vencer . Tenho conversado muito seriamente com eles. E não estou a falar sobre vencer o campeonato este ano ou no próximo, mas sobre sentir que se está a lutar por alguma coisa», insistiu o bicampeão mundial de Moto3 (2021) e Moto2 (2023), que está em nono lugar no Mundial.