«Não é justo!»: Mourinho e as eleições do Benfica
José Mourinho considera injusto considerar que o resultado do Benfica esta terça-feira, em Newcastle, na Champions, possa ter influência no resultado das eleições de sábado.
«Jogar no Benfica, treinar o Benfica por si só encerra pressão, responsabilidade, e não é para todos. Mas é suficiente essa pressão inerente a ser treinador e jogador do Benfica para vir ainda uma pressão extra pelo facto de termos ou não termos alguma influência no resultado das eleições», afirmou, logo a abrir a conferência de imprensa.
«Não acho que é justo e não acho também que nós nos tenhamos preparado para isso. Preparámo-nos para o jogo como nos preparámos para Chaves e como prepararemos para o jogo de sábado para o campeonato, tentando esquecer que existem eleições, porque o nosso trabalho é outro e é nisso que temos de nos focar», avisou.
Mais à frente, voltou ao tema: «Temos de tentar estar isolados desse contexto. A nossa missão é outra. Ser jogador e treinador do Benfica não é fácil. Jogamos para os adeptos, querem vitórias, bons jogos. Isso é mais que suficiente para nos ter centrados, responsabilizados. A situação eleitoral seria uma pressão extra se estivéssemos focados nela e honestamente não estamos.»
Quanto à pressão do jogo, depois de duas derrotas nas duas primeiras jornadas da fase de liga da Champions, o treinador do Benfica lembrou que nada ficará decidido esta terça-feira.
«Estão 18 pontos em disputa, depois do jogo de amanhã estarão 15, e com 15 pontos qualificamo-nos. Nem precisamos de 15, 14, 13, 12, provavelmente nem de 11, portanto o jogo não é decisivo. Mas jogaremos a pensar que sim, como se fosse a nossa última oportunidade. Mas não é.»