Nacional quer ir à Luz fazer o que ainda não foi feito
É um dos mais memoráveis resultados da história recente do futebol português, de tal modo que, nesse dia, o site da Liga não estava graficamente preparado para tamanha goleada e não conseguiu apresentar o resultado final no espaço onde se podia acompanhar o jogo em direto.
A 10 de fevereiro de 2019, o Benfica batia o Nacional da Madeira por 10-0, estava Bruno Lage nos encarnados e Costinha nos madeirenses! Pouco mais de seis anos se passaram desde então, mas, no plantel dos insulares, não resta uma única testemunha daquela que foi a maior derrota da história do emblema da Choupana e que, por isso, está inevitavelmente gravada na memória coletiva.
Ainda assim, ninguém acredita que semelhante humilhação se repita. Aliás, à luz do discurso do treinador Tiago Margarido, que falou anteontem, véspera da viagem da comitiva insular para Lisboa, a ambição é maior do que nunca. O Nacional sonha fazer esta noite na Luz o que ainda não foi feito: ganhar.
Com efeito, em 26 visitas ao Benfica, os madeirenses somaram 21 derrotas e cinco empates, o último (1-1) precisamente na derradeira passagem pela Luz, em janeiro de 2021, então com Luís Freire no comando. Vitórias? Zero!
Seguiu-se a queda no escalão inferior, no qual Tiago Margarido pegou na equipa, conduzindo-a de volta à Liga principal. Para ele, o que está no passado, no passado está. Ao jovem e ambicioso técnico de 36 anos, só o futuro interessa. «A ambição é ganhar. Na Luz, tentaremos fazer o nosso jogo e acreditamos que poderemos trazer alguma coisa de lá», atirou Margarido, na conferência de antevisão realizada anteontem.
A equipa do Nacional viajou sexta-feira para Portugal Continental, devendo regressar ao Funchal logo após o encontro. Ausentes da comitiva estão Miguel Baeza, a recuperar de operação ao joelho direito, e Ivanildo Fernandes, reforço de inverno que ainda não se estreou por estar a lidar com problemas físicos.