Mundial Andebol: A BOLA recebeu os Heróis do Mar, que trouxeram muito mais do que um resultado histórico
Mal dormidos, mas com excelente disposição. A BOLA recebeu ontem os jogadores da Seleção Nacional de andebol acabados de chegar do Mundial na Noruega, de onde trouxeram um marcante e histórico quarto lugar e momentos que ficarão na memória de todos.
A tentar responder a tantas solicitações, os Hérois do Mar, e agora de tantos portugueses que seguiram atentamente a prestação do gupo no Campeonato do Mundo, chegaram, sorriram, tiraram fotografias e partilharam histórias e emoções e ainda houve tempo para Victor Iturriza, o melhor pivot do Mundo, ensinar uns passos de dança, num ritmo único que trouxe das raízes cubanas que o viram nascer.
O capitão Rui Silva divertido jurou que é um pé de chumbo e deixou nas mãos do companheiro do FC Porto habilidades artísticas diferentes das que mostraram nos pavilhões nas últimas duas semanas. Mas, segundo Paulo Pereira, tem outra capacidade.
O grupo, a união, os talentos, a experiência, são todos factores positivos, referidos de forma consistentes e, como o selecionador nacional, referiu unidos por um capitão. Paulo Pereira chamou-lhe «o domador de leões». O central de Guimarães sorri com a imagem: «Isso é por eu estar ali no meio do Kiko e do Martim que, além de serem jogadores incríveis e com um talento fora de série, tem de haver certo controlo e eu sou mais velho faço esse papel.Eles são uns leões no verdadeiro significado da palavra e vê-se aquilo que fazem lá dentro, que é excepcional», elogiou.
«Temos várias vitórias neste percurso e uma é a valorização no seio do andebol. Sentimos isso lá fora, quando estamos entre os melhores, entre pessoas que percebem de andebol. Sentimos que gostam de nós, do que jogamos, sabem quem nós somos. Isto para nós é incrível. Antes olhávamos para as grandes referências, Karabatic, Hansen e sentíamos isso e agora há miúdos que olham para nós com essa admiração. Isso é incrível e sinal que estamos a fazer algum bom pelo País e pela modalidade», rematou.
Areia sorri, cúmplice. «O pior momento deste Mundial foi ter acabado. Vivemos momentos tão bons juntos...Fala-se do cansaço físico, do cansaço mental mas quando estamos a competir com um grupo assim, nota-se menos, porque há harmonia entre nós. É tão bom lutar e competir com esta malta, sentimos que estamos todos a remar para o mesmo lado. E isso influencia muito o percurso que fizemos neste Mundial», revelou o extremo do Tremblay. «Há momentos de aprendizagem, mas não maus. Acabámos de fazer história pelo andebol português. pelo nosso País», recordou orgulhoso.