A RD Congo bateu a Nigéria na final - Foto: Jalal Morchidi/EPA
A RD Congo bateu a Nigéria na final - Foto: Jalal Morchidi/EPA

Mbemba não falha nos penáltis e afasta Nigéria de Zaidu da luta pelo acesso ao Mundial

RD Congo foi melhor nos 90 minutos e no prolongamento e, depois de 1-1 nos 120', venceu por 4-3 no desempate por grandes penalidades, garantindo a vaga africana no 'play-off' intercontinental

A RD Congo vai lutar no play-off intercontinental por um lugar no Mundial 2026. Os leopardos venceram a Nigéria nos penáltis e estão na luta pela primeira participação num Campeonato do Mundo em mais de 50 anos. A última vez que tal aconteceu foi em 1974, ainda a nação tinha o nome de Zaire.

Três minutos bastaram para que a seleção nigeriana, com o portista Zaidu no onze inicial, fizesse mexer o marcador. O lateral-esquerdo do FC Porto cruzou, a bola foi cortada e o médio Onyeka rematou para o fundo das redes, aproveitando o desvio em Tuanzebe para fazer o 1-0.

O golo do empate chegou ainda na primeira parte, na sequência de uma perda de bola dos nigerianos. Meschack Elia lançou a bola em Bakambu, o avançado devolveu para o centro da área, Ndidi não conseguiu cortar e Elia fez o empate.

Se a primeira parte foi equilibrada, na segunda a seleção congolesa teve mais bola e mais remates, sendo que a Nigéria não atirou à baliza em qualquer ocasião. O segundo tempo começou com um revés para as Super Águias, que não contaram com Osimhen, uma das estrelas da companhia, que saiu com aparentes queixas físicas. Sem golos no segundo tempo, porém, a decisão teve de ser adiada para o prolongamento.

O ascendente congolês continuou no início do tempo extra e, aos 94', os leopardos chegaram mesmo ao golo, mas o tento de Mayele foi anulado, por falta de sobre o guarda-redes Nwabali. A pressão continuou e a RD Congo voltou a marcar, mas o golo voltou a não contar, porque, antes de Sadiki encostar para fazer golo, houve falta por pé em riste na área nigeriana. Mesmo em cima do apito final, Nwabali foi obrigado a grande defesa, para evitar que, de cabeça, o antigo portista Mbemba fizesse o 2-1. A pressão dos congoleses não surtiu efeito e a decisão foi mesmo adiada para os penáltis.

Da marca dos 11 metros, os primeiros três não conseguiram marcar. Bassey e Simon desperdiçaram para a Nigéria, tal como Moutoussamy para a RD Congo. Sadiki fez o primeiro para os leopardos, Adams marcou para os nigerianos, Tuanzebe falhou e, logo a seguir, Onyemaechi, antigo defesa do Boavista, e Mayele não desperdiçaram.

A partir daqui, era marcar e esperar que o adversário falhasse. Fayulu entrou só para defender os penáltis e travou o remate de Ajayi. Chancel Mbemba, ex-portista e capitão de equipa, assumiu a responsabilidade e não desperdiçou. Uma vitória justa por aquilo que aconteceu no jogo, com a vitória a pender para a equipa que mais vezes esteve perto do golo. A RD Congo é a representante africana no play-off intercontinental, que contará com a Bolívia, da América do Sul, a Nova Caledónia, da Oceânia, duas equipas da América do Norte e Central e uma da Ásia (Iraque ou Emirados Árabes Unidos).