Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, quer melhor eficácia ofensiva na visita ao reduto do Rio Ave
Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, quer melhor eficácia ofensiva na visita ao reduto do Rio Ave - Foto: IMAGO

Luís Pinto: «Temos de ter maior capacidade de fazer golos»

Treinador dos conquistadores explicou aquilo que a equipa tem de melhorar em relação ao nulo com o Gil Vicente; técnico elogiou o crescimento coletivo do Rio Ave e ainda os dois homens da frente de ataque dos vila-condenses; Beni Mukendi deve fazer o último jogo antes de partir para a Taça das Nações Africanas

O Vitória de Guimarães desloca-se, este sábado às 18 horas, ao terreno do Rio Ave e depois do empate sem golos, em casa, frente ao Gil Vicente, na última jornada da Liga, Luís Pinto revelou naquilo que incidiu o trabalho desta semana.

«Temos de ter a capacidade de ser fortes na compactação do nosso bloco, de criar espaço na nossa primeira fase de construção, partindo para a segunda com uma abordagem à área  que temos de melhorar e esta semana trabalhámos nesse sentido. Temos de ter maior capacidade de fazer golos. No último jogo passou por aí, porque chegamos bem a zonas ofensivas, mas não conseguimos ter o número de oportunidades de golo condizente com o volume gerado. É nisso, essencialmente, que temos de melhorar.»

Os vila-condenses estão a apenas dois pontos de distância na tabela classificativa e têm dois dos jogadores mais perigosos do campeonato, como são Clayton e André Luiz. O treinador dos conquistadores elogiou o adversário e alertou para o seu valor coletivo.

«Esses dois jogadores só funcionam porque a equipa toda funciona, estão alicerçados noutros elementos. O Rio Ave tem bons jogadores a nível individual e vem num processo de crescimento no seu nível exibicionista coletivo. Valerá pelo seu todo, mas esses dois jogadores têm, de facto, feito a diferença.»

A defesa do V. Guimarães tem demonstrado consistência, não sofrendo golos há três jornadas e Luís Pinto falou sobre o processo de crescimento da equipa.

«O facto de os jogadores se irem conhecendo melhor uns aos outros, o Óscar [Rivas] já cá estava, mas sem muita utilização, Abascal chegou de novo e os laterais já estavam e foram crescendo na sua consistência defensiva. Mas acredito que tem muito a ver com a equipa num todo e não apenas com esse sector em específico. Porém, é muito importante para nós termos esta estabilidade», explicou o técnico, de 36 anos, que assumiu que o plantel já ultrapassou as incidências (queixas da arbitragem) do último encontro.

«O nosso trabalho acaba sempre por ser na dinâmica de que o jogo que terminou fica fechado no que diz respeito ao jogo em si, sendo que há coisas que podemos retirar, porque é um processo contínuo. Terminou o jogo, fazemos a nossa análise e focamos no próximo. Não quisemos dar ênfase ao que se passou, faz parte do futebol e não podemos estar a pensar nisso. Apenas trabalhamos naquilo que podemos melhorar e controlar. Somos todos adultos, crescidos e sabemos que por vezes as coisas acontecem desta forma e temos de seguir para o próximo.»

Beni Mukendi vai fazer o seu último jogo (tudo indica que deve manter a titularidade) antes de partir para a Taça das Nações Africanas para representar a seleção de Angola e o treinador dos vimaranenses apenas vê uma oportunidade para outros mostrarem serviço.

«É algo que temos em consideração nas nossas sessões de treino, pois sabemos que vamos perder um jogador durante um mês e temos de preparar a equipa para que possa fazer o mesmo que o Beni tem feito e bem. O Beni vai representar o seu país e vamos ter outros jogadores a terem oportunidades. A necessidade vai obrigar outros a terem mais tempo de jogo e quando o Beni regressar, vamos estar ainda mais fortes. Termos a capacidade dos jogadores conseguirem jogar todos uns com os outros. Temos tido resposta dos nossos médios.»