Na confusão das compras ficaram ambos em contenção de custos (crónica)
A quadra é de confusão nas grandes superfícies comerciais, tal como nas mais tradicionais, à procura do presente perfeito para o Natal, no entanto no Estádio D. Afonso Henriques também reinou o caos, numa partida com poucas oportunidades de golo, muitas faltas e demasiadas paragens, ficando o V. Guimarães e o Gil Vicente em contenção de custos, terminando o encontro com um empate sem golos.
Num contra-ataque muito bem construído, o Gil Vicente foi a primeira equipa a ameaçar, mas o remate foi intercetado por um defesa dos vimaranenses. De um lançamento lateral, a equipa da casa ficou perto de inaugurar o marcador, mas após alguma confusão, Óscar Rivas não conseguiu bater Andrew, já junto à linha de golo.
Depois destes momentos, o encontro ficou amarrado sem que ninguém conseguisse desatar o nó. Muitas paragens, demasiadas faltas e pouco futebol. Com tanto embrulho, Buatu quase entregou o presente ao V. Guimarães ao derrubar Miguel Maga. Numa primeira instância, o juiz apontou para a marca de penálti, porém após indicação do VAR, a falta foi assinalada fora da área.
Da bola parada resultou uma excelente oportunidade para a equipa da casa, com Nélson Oliveira a apostar num remate muito forte, porém Andrew demonstrou atenção e evitou o primeiro.
Os conquistadores entraram melhor na etapa complementar, fazendo uma pressão mais efetiva e foi Camara a ter a primeira hipótese de alvejar a baliza gilista, mas apareceu o corte da defensiva contrária. Depois das primeiras trocas, Alioune Ndoye quase entrou da melhor forma possível com um remate de primeira, de muito longe, que quase surpreendeu o guardião barcelense que teve de se esticar para desviar para canto.
Muito perto do minuto 90, nova ocasião para os visitados, na sequência de um pontapé de canto, Ndoye subiu sozinho, mas o cabeceamento saiu ao lado. Já nos descontos, o Vitória ficou a pedir penálti devido a um suposto agarrão ao avançado senegalês, porém Anzhony Rodrigues mandou jogar de imediato e Manuel Mota, no VAR, corroborou a decisão do árbitro do encontro.
Ninguém conseguiu desfazer o nulo e as equipas somaram ambas um ponto, com o Gil Vicente a manter-se seguro no quarto posto, com mais dois pontos que o quinto classificado e com o Vitória de Guimarães a chegar aos 18 pontos e a ultrapassar o Alverca na classificação, assumindo a oitava posição.
As notas dos jogadores do V. Guimarães: Juan Castillo (5), Miguel Maga (5), Óscar Rivas (5), Rodrigo Abascal (5), João Mendes (5), Gonçalo Nogueira (6), Beni Mukendi (6), Oumar Camara (5), Samu (6), Noah Saviolo (6), Nélson Oliveira (5), Fabio Blanco (5), Alioune Ndoye (6), Matija Mitrovic (5), Orest Lebedenko (-) e Vando Félix (-).
As notas dos jogadores do Gil Vicente: Andrew (5), Zé Carlos (5), Buatu (5), Antonio Espigares (5), Konan (5), Facundo Cáseres (5), Luís Esteves (5), Murilo (5), Santi García (6), Joelson Fernandes (5), Gustavo Varela (5), Hevertton Santos (5), Zé Carlos Ferreira (5), Tidjany Touré (6), Martín Fernández (-) e Carlos Eduardo (-).
César Peixoto
Um jogo difícil, muito disputado, um pouco quezilento e em que nenhuma das equipas conseguiu desbloquear o resultado. Foi um jogo difícil de ajuizar. Aqui ou ali achei alguma dualidade de critérios. As duas equipas anularam-se bem e ninguém conseguiu criar grandes ocasiões e acho que o empate assenta bem. Fico feliz pela forma como a minha equipa se comportou, mantendo a cabeça fria.
Luís Pinto
Quanto aos penáltis: vale a pena chorar no futebol português. Jogo sempre parado, ações que se tenta proteger alguma coisa. Se fosse adepto de futebol, não sei se vinha ao estádio. A nossa equipa foi tão competente que não quero tirar o foco disso. Criámos ocasiões para ganhar e fizemos um belo jogo. A equipa foi competente e também competitiva.