Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: Catarina Morais/Kapta+
Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: Catarina Morais/Kapta+

Líder De Jong, atitude da equipa e olho no Nice: tudo o que disse Farioli

Treinador do FC Porto analisa vitória tranquila (3-0) sobre o Sintrense e qualificação para os 'oitavos' da Taça de Portugal

Francesco Farioli comentou, na sala de imprensa do Dragão, o triunfo sem espinhas (3-0) do FC Porto na noite deste sábado ante o Sintrense, que permite ao emblema azul e branco seguir em frente na Taça de Portugal.

— Ficou satisfeito com o número de oportunidades criadas e também com as exibições individuais, sobretudo pelo regresso de Luuk de Jong?

— Começando pela segunda parte, foi fantástico ter o Luuk de volta, após 10 ou 11 semanas de fora, para a equipa e para ele, claro. Acho que hoje ele provou a sua atitude, não só tecnicamente como também com a sua liderança. Teve algumas oportunidades em que poderia finalizado e decidiu tentar encontrar uma assistência para a equipa. E isso é ótimo. Além disso, acho que a nossa exibição foi sólida, realmente profissional, com boa intensidade, combinações curtas, boas distâncias, tentando entrar, com paciência, no bloco baixo do adversário. Foi um resultado positivo, uma performance positiva, e também com bastante qualidade individual.

— Qual é a principal preocupação na mudança de chip de uma competição para outra?

— O facto de jogarmos diferentes competições é um bom estímulo. Até ao momento, jogando com, digamos, jogando contra adversários maiores ou menores, a abordagem da equipa sempre foi a mesma, realmente profissional. Na última sessão de treino, ontem e no dia anterior, o grupo foi fantástico. Esta manhã tivemos também uma pequena sessão no ginásio, e os jogadores deram muito. Não posso pedir mais deste grupo de jogadores. Agora, o nosso desafio é manter a mentalidade, a intensidade, a dedicação, no campo, no ginásio, e também nas reuniões que vamos tendo, que são muitas e longas. Mas, como disse, estou muito grato pelo trabalho que todos estão a fazer. Claro que agora vamos jogar contra uma equipa [Nice] que é realmente boa, que tem muitas individualidades, em todas as posições. Temos de estar prontos, porque é muito importante para a nossa campanha na UEFA Europa League conseguirmos um bom resultado.

— Rodrigo Mora e Gabri Veiga jogaram juntos no meio-campo na reta final do encontro. É um plano para o futuro?

— Sim, é uma possibilidade. No final do dia, é sempre bom ter jogadores com qualidade juntos. Claro que jogar com dois números 10 - Rodrigo um pouco mais, Gabri mais como 8/10 - exige muito sacrifício. Com três médios, na minha opinião, é muito importante ter o equilíbrio correto, o ajustamento correto entre eles. Mas é definitivamente uma solução que temos de considerar. Foi bom ter alguns minutos para vê-los juntos, e isso é algo que pode acontecer novamente no futuro.

— O FC Porto marcou mais um golo após um pontapé de canto. Qual é o segredo do sucesso nas bolas paradas?

— Hoje, honestamente, podíamos ter sido melhores nesse capítulo. Não há segredo. É dedicação, atenção a cada aspeto do jogo. Cada dia mais. Como já disse mutas vezes, temos um grupo de pessoas a trabalhar muito, a estudar os adversários e apresentá-los aos jogadores nas nossas reuniões. Os jogadores executam e, às vezes, até vêm com ideias sobre como travar a outra equipa. Talvez seja esse o segredo.

— As substituições ao intervalo deveram-se ao facto de não ter gostado das exibições de Samu e Francisco Moura?

— Não, já estavam planeadas.