Froholdt festeja o golo de William Gomes logo aos 6 minutos. Foto KAPTA+
Froholdt festeja o golo de William Gomes logo aos 6 minutos. Foto KAPTA+

Lá, onde anda a bola, há sempre uma cabecita loira à vista (as notas do FC Porto)

Victor Froholdt está em todo o lado e quase sempre bem. É inesgotável, está visto. Samu entrou a tempo de manter a veia goleadora e Mora de mostrar que é... Mora
O melhor em campo: Froholdt (7)
Bem sabemos que a juventude faz milagres, mas a energia desta dinamarquês parece ultrapassar os limites do razoável, ou pelo menos do expectável. E depois tem o pormenor de decidir com critério, estar quase sempre nos sítios certos e conseguir desequilibrar quer nos momentos defensivos quer ofensivos. A frase que proferiu no início de época sobre ser jogador pouco tecnicista (lembrança de bolso, não fui rever) só nos pode fazer sorrir, ao mesmo tempo que admiramos a humildade. Este médio não descansa mas dá a ideia de que Francesco Farioli tem razão: «Ele aguenta». Fez pressão sobre um adversário no lance que originou o 1-0, marcou o 2-1, esteve sempre no caminho da bola, de trás para a frente da frente para trás, à vista para o que fosse preciso.

6 Diogo Costa — Teve mais uma noite descansada no Dragão, o que no inverno até pode tornar-se chato para o guarda-redes. Sempre que chamado a intervir esteve lá, com particular destaque para uma saída da área ao jeito de um líbero, a cortar de cabeça um ataque famalicense. Com as mãos... fica para a próxima. Nada a fazer no golo sofrido.

6 Martim Fernandes — Regular no trabalho defensivo na lateral direita e pouco afoito na frente, apesar de não se ter negado a aparecer no jogo. Aos 65 minutos recolheu aplausos da bancada pela abnegação com que foi recuperar uma bola na ala esquerda, para onde iria pouco depois cumprir opapel de defesa-esquerdo até ser substituído por Kiwior.

7 Bednarek — É um grande patrão. Dá segurança superlativa a toda a defesa e, no fundo, a toda a equipa. TRabalha de forma discreta e extremamente eficaz. De vez em quando tem lances que merecem a real atenção da bancada, como fez aos 63 minutos a intercetar um remate de Joujou, e bem que os merece.

5 Prpic — Acusa a falta de ritmo própria de quem tem jogado menos tempo, e no lance do golo do Famalicão deixou-se antecipar de forma algo ingénua dentro da pequena área. Este lance e uma ou outra hesitação nas saídas em posse de bola não fazem, porém, com que não tenha tido uma noite positiva.

7 Pablo Rosario — Foi quase um defesa-central, permitindo a projeção dos laterais. No lance que precede o golo famalicense foi pressionado e vacilou perante Gustavo Sá, resultando depois daí o canto que os minhotos transformaram no empate. Não se deixou abalar e foi sempre crescendo no jogo, assumindo o trabalho de sapa no meio-campo e, com isso, assegurando a supremacia portista.

5 Gabri Veiga — É um jogador diferenciado, que decide de forma bem criteriosa e não tem medo de arriscar, inclusivamente nas bolas longas. Notou-se que vem de uma ausência, ainda que não muito prolongada. Mais uns minutos e estará o Gabri Veiga que já mostrou ser.

6 William Gomes — Representa muito bem o espírito deste FC Porto, constantemente ligado à corrente, pressionante, insistente. Aos seis minutos ia marcando... e depois marcou mesmo, numa jogada elétrica em que foi à recarga abrir o camonho da vitória. Tem frequentemente boas ideias, uma resultam melhor que outras, mas vale a pena vê-lo arriscar.

6 Deniz Gul — Não é Samu, nem nunca será. Tentou posicionar-se o melhor possível entre os centrais do Famalicão e jogar de costas para a baliza, algo que faz com qualidade. Foi importante no lance do 2-1, embora saibamos que teria saído mais feliz, aos 57 minutos, se tovesse marcado um golo.

6 Pepê — Está soltinho, recomenda-se, um sol que brilha sobre a sombra que foi na época passada. Muito acutilante, na esquerda onde viveu quase sempre e mais tarde na direita, de onde apareceu para fazer o gosto aopé e fechar a contagem. Protagonizou um lance polémico, no qual foi assinalada falta sobre ele, que a existir foi dentro da área e portanto deveria ter resultado em panálti.

7 Rodrigo Mora — Traz uma magia ao jogo da qual qualquer adepto gosta de usufruir. Ele entra e a coisa muda. Inventa passes de trivela que quase dão golo (aos 73 minutos Borja Saínz), assiste para golo na marcação de um canto e cruza para mais um golo, tudo isto em pouco mais de meia horita de expediente.

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7 Samu — Está com tudo. Entrou logo a ameaçar, marcou, cabeceou para o que seria a recarga vitoriosa de Pepê, fez passes de rotura, mostrou saúde a sair por todos os poros.

5 Borja Saínz — Manteve o ritmo que Pepê tinha imprimido na ala esquerda. Aos 73 minutos podia ter aproveitado melhor um passe de génio de Mora.

5 Alberto Costa — Mandou Martim Fernandes para a esquerda e cumpriu, não sem sofrer um susto com uma perda de bola desnecessária.

Kiwior — Entrou para aquecer e para nos lembrarmos que sem Zaidu, na CAN, pode ser solução para a lateral esquerda.