João Pedro Sousa, treinador do Aves SAD - Foto: Miguel Nunes
João Pedro Sousa, treinador do Aves SAD - Foto: Miguel Nunes

João Pedro Sousa admite: «Resultado com o Sporting é justo»

Análise do treinador do Aves SAD, após derrota por 0-6 em Alvalade, que defende que o mercado de transferências de janeiro é «determinante»

Após a derrota por 0-6 frente ao Sporting, João Pedro Sousa, treinador do Aves SAD, deixou elogios ao adversário e garantiu que, apesar da margem alargada, o resultado foi «justo». Sobre o período que a equipa atravessa, com apenas três pontos em 14 jornadas, o técnico referiu que é mentalmente difícil para a equipa, mas que tal não justifica todos os problemas que os avenses atravessam. O mercado de transferências de inverno será, na ótica de João Pedro Sousa, «determinante».

— O Aves SAD até começa bem, mas aqueles três golos em cinco minutos deitaram tudo a perder...

— Sim, é verdade. Isso teve um impacto muito grande. Mas a história deste jogo é muito curta. Um jogo limitado a uma equipa com muita qualidade, com um ataque posicional muito forte, com capacidade de criar desequilíbrios nos corredores. Tentou explorar, e bem, o espaço que tínhamos nas costas da nossa linha defensiva. Tentámos recuar um bocadinho, ou bastante, o bloco, relativamente aos últimos jogos, mas não conseguimos defender as costas da nossa linha defensiva. É assim que surge o primeiro golo. A história do jogo resume-se a isso. As nossas tentativas de fechar a nossa baliza, tentar controlar ao máximo o jogo. Depois faltou-nos muita capacidade de ter a bola, de sair em transição rápida. Nas poucas vezes que fomos fazendo isso, durante a primeira parte, mas conseguimos sofrer golos em contra-transição, digamos assim: estamos a sair, perdemos a bola e acabamos por sofrer golo. Resultado justo e que é o espelho da diferença entre as duas equipas.

— Encontra justificações para este resultado? Falou também da parte mental no lançamento da partida. A equipa não conseguiu mudar o chip?

— Estamos a atravessar um momento muito complicado. Pelo lugar que ocupamos, pelos pontos que temos, por determinadas que vão acontecendo nos jogos, que criam muito impacto, erros individuais. Temos de assumir tudo isso. Isso cria dificuldades e, em termos mentais, custa-nos bastante, mesmo durante os jogos. Agora, também temos de perceber que somos profissionais, somos pagos para jogar, para competir e para ganhar pontos e jogos. Não estamos a conseguir. Não nos vamos agarrar só ao aspeto mental, isso não justifica tudo o resto.

— Espera ansiosamente pela janela de transferências de janeiro?

— Sim. É determinante. É normal, no futebol, que, tendo em conta o desempenho que temos tido, haver entradas e saídas. É um ponto fundamental. Se queremos lutar por alguma coisa, pelo menos por deixar outra imagem do clube, temos de atacar o mercado.

— Sente força para continuar à frente do Aves SAD?

— Sim. Reconheço as dificuldades, mas claro que sim. Estou pronto para trabalhar e para encarar os desafios de frente.