Gundogan é caso inédito na vida de Guardiola
Pep Guardiola é treinador ao mais alto nível há 16 anos, mas ainda consegue surpreender-nos com situações inéditas na já longa carreira, como a que acaba de acontecer com Ilkay Gundogan, o primeiro, de entre centenas de jogadores que passaram pelas mãos do treinador espanhol, a partir para outro clube numa temporada e a regressar na seguinte — obviamente, contando apenas com as transferências em definitivo e não com cedências por empréstimo.
O internacional alemão de 33 anos deixou o Manchester City no final de 2022/2023, rumando a custo zero para o Barcelona, cuja camisola vestiu na época passada, e voltou ontem aos citizens também sem valores financeiros diretos envolvidos na transferência.
Figura querida no campeão inglês, Gundogan teve direito a palavras especiais por parte de Guardiola e a um presente enviado pela família de Bernardo Silva, com quem partilhou balneário e muitas conquistas (cinco Premier Leagues, duas Taças de Inglaterra, quatro Taças da Liga e duas Supertaças inglesas) ao longo de seis anos.
«Se tiver de jogar amanhã, ele já sabe tudo. Está sempre na posição certa e estamos todos muito entusiasmados e felizes por ele estar de volta. Neste caso, foi um sim fácil», disse Guardiola.
Bernardo Silva, como referido, não ficou indiferente por ter o seu antigo colega de balneário de volta e, em seu nome e da família, enviou um ramo de flores a dar-lhe as boas-vindas.
«Bem-vindos a casa! Sentimos a vossa falta e estamos muito felizes por estarem de regresso. Com amor, Bernardo, Inês e Carlota», pode ler-se no bilhete deixado no ramo oferecido e cuja foto foi publicada nas redes sociais pela esposa do médio germânico, Sara.
O Barcelona, ainda em situação financeira apertada, poupa 15 milhões de euros por ano em ordenados com a saída de Gundogan, jogador que destacou isso mesmo na hora de dizer adeus a Camp Nou: «Saio numa situação difícil, mas se a minha saída puder ajudar financeiramente o clube, fico um pouco menos triste.»