FIFA joga o seu prestígio no Mundial de Clubes
Criticam a FIFA se os preços [dos bilhetes] são muito altos, se os preços são muito baixos, se fazemos promoções para estudantes... Quando estava e não tinha dinheiro, teria adorado que a FIFA viesse ter comigo e dissesse: 'Queres ver um jogo do Mundial?'. O que não queremos são estádios vazios.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, em entrevista à AFP
A edição inaugural do Mundial de Clubes neste novo formato arranca na madrugada de domingo (hora portuguesa), com tremenda prova de fogo para a FIFA: vai ou não conseguir encher os estádios nos Estados Unidos da América para um torneio com 32 equipas, que Gianni Infantino assumiu que pretende ser inclusivo, mas que como consequência soma nomes bem pouco atrativos para o público local?
Os primeiros sinais foram preocupantes, e a organização foi baixando os preços dos bilhetes, e oferecendo descontos a estudantes, mas mesmo assim a procura está muito abaixo da oferta.
Poderá não se notar assim tanto no jogo de abertura, em Miami, mas há partidas com tão poucos interessados que, segundo compradores mais atentos, a FIFA tem limitado a venda de bilhetes a setores que aparecem na televisão, e só depois de preencher esses pensaria em avançar para os que ficam no lado oculto das transmissões.
O estado atual das coisas nos EUA também não ajuda, com os raides contra, e deportações de, imigrantes ilegais a demoverem milhares de adeptos que pensariam acompanhar as suas equipas.
E o pior? É que no Mundial de Clubes, por se tratar de uma prova nova, a FIFA pode encontrar uma justificação para o fracasso na venda de bilhetes — mas nada faz crer que no Mundial 2026, com 48 seleções, o cenário seja muito diferente, pondo em causa o prestígio da FIFA, e sobretudo de Infantino, que tanta força fez para levar as provas para a América do Norte.
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