Federação portuguesa de natação diz desconhecer quem é Hannah Caldas

Em causa a nadadora portuguesa que foi suspensa pela federação internacional por se ter recusado a um teste de verificação de sexo para a participação no 2024 Masters World Championships. Teste que teria de ser a própria a pagar, mas que a atleta recusou por desejar proteger as suas informações médicas mais íntimas e não querer ser submetida a testes invasivos

Conhecida a notícia sobre a suspensão de Hannah Caldas, de 47 anos, até 2030 em provas sob a égide da World Aquatics e a revogação de todos os resultados desta entre junho de 2022 e outubro de 2024, A BOLA contactou a federação de natação para saber se a nadadora, ainda que de masters (veteranos), estava de alguma forma inscrita na FPN e se alguma vez fez parte das equipas que competiram em Europeus e Mundiais, tendo sido o último, em Singapura, em julho, que terá originado o castigo.

A notícia apanhou de surpresa a Federação Portuguesa de Natação (FPN), para quem o nome do(a) atleta em causa não diz rigorosamente nada. Ouvido o presidente da Federação Portuguesa de Natação, Miguel Arrobas, o mesmo informou que consultada a plataforma de filiação de atletas da FPN ‘FPN System’, e pelo nome veiculado nas notícias, não existe qualquer registo, desde que esta plataforma existe, há mais de 10 anos. Mais referiu Miguel Arrobas que para a natação portuguesa «este é um não assunto.», pode-se ler na resposta enviada ao nosso jornal.

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Atleta portuguesa suspensa por recusar teste de verificação de sexo

Segundo a federação de Nova Iorque, foi pedido à nadadora transgénero, por parte da federação internacional, que esta se submetesse a um teste de cromossomas, que teria de pagar, para «provar a consonância com o requerimento geral de política de género. O teste foi pedido depois de a senhora Caldas exibir um atestado de nascença que a identifica como mulher» e comprovado que nascera em Portugal, mais propriamente em Vizela, mas residente na Califórnia.

«Compreendo e aceito as consequências. Mas uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minha informação médica mais íntima. Fico feliz por pagar esse preço - por mim e por todas as mulheres que não querem ser submetidas a testes invasivos», justificou a também atleta de remo indoor e crossfit, mas que no que diz respeito a provas de natação ficará impedida de participar até outubro de 2030 e todos os resultados entre junho de 2022 e outubro de 2024 serão revogados.