FC Porto: tudo sobre os bastidores da 'batalha' de Luuk de Jong
As lesões nunca surgem em boa hora, nem para os jogadores mais calejados e habituados a superar obstáculos. Aos 35 anos e na primeira época ao serviço do FC Porto, Luuk de Jong foi travado por um problema no ligamento lateral interno do joelho esquerdo, sofrido a 8 de setembro, num jogo-treino com o Lusitânia de Lourosa.
O ponta de lança neerlandês tem estado afastado da competição desde então e, nesta altura, ainda não há uma meta claramente definida para o seu regresso. Por outro lado, aquilo que o jogador tem feito para acelerar ao máximo a recuperação é digno de louvor e demonstrativo dos atributos que pesaram na hora de decidir a sua contratação, no último verão: dedicação e profissionalismo, mesmo sabendo que já pouco tem a provar.
Como é natural, a lesão, resultante de um choque com um adversário no referido ensaio, deixou De Jong abalado a nível psicológico. O experiente avançado tinha participado nos quatro jogos disputados pelos dragões até então e tinha-se estreado a marcar no encontro anterior, em Alvalade, frente ao Sporting. No entanto, Luuk preferiu pôr de imediato mãos à obra, dando início ao processo de restabelecimento.
Nesse sentido, A BOLA sabe que o internacional pela Laranja Mecânica abdicou de grande parte das folgas desde que deu início ao caminho de regresso. Na maior partes das vezes, aliás, De Jong chega de manhã (bem cedo) ao Olival, deixando as instalações já na parte da tarde e após cumprir várias etapas do plano delineado: umas com o fisioterapeuta, outras sozinho e, mais recentemente, já no ginásio.
Por querer evitar riscos desnecessários, atendendo também à fase mais adiantada da carreira do artilheiro, o departamento médico portista não pretende saltar etapas. Luuk de Jong deixou as canadianas no final de setembro e tem usado uma joelheira na perna esquerda para proteger a zona afetada. Outro aspeto que tem marcado a diferença junto do grupo de trabalho e da estrutura dos azuis e brancos é o contacto diário que o jogador neerlandês vai mantendo com a equipa técnica e os companheiros de equipa.
Ao que o nosso jornal apurou, o ponta de lança tem contribuído de forma ativa para o estado de espírito positivo que reina no Olival e no Dragão, fazendo uso da experiência acumulada ao longo da carreira para transmitir mensagens aos colegas e, em particular, àquele que tem sido o seu parceiro no boletim clínico, numa situação bem mais delicada: Nehuén Pérez.
Farioli sabe que ainda terá de aguardar mais algum tempo até poder voltar a contar com Luuk de Jong, mas a verdade é que as opções à disposição do treinador italiano para o ataque têm dado garantias. É que além de Samu, o habitual titular, Deniz Gul vive uma espécie de segunda vida de dragão ao peito, um cenário que parecia utópico no arranque da presente temporada, atendendo às dificuldades demonstradas pelo internacional turco em 2024/25. O camisola 27 abriu a conta pessoal da época frente ao Arouca, foi titular ante o Estrela Vermelha e deu boa réplica no último quarto de hora do clássico com o Benfica. Algo que sossega o próprio Luuk de Jong, que vê o ataque bem entregue na sua ausência...