Este Sporting é de Champions!

O Sporting entrou na Liga dos Campeões com um teste de fogo na Alemanha e, apesar da boa réplica, acabou derrotado pelo SVG Luneburg por 3-1, na primeira jornada da fase de grupos. Os leões deram luta até ao fim e estiveram bem perto de forçar a negra, mas cederam num equilibrado quarto set (25-23).

O início do encontro confirmou o poderio do líder da Bundesliga. Com o serviço demolidor de Daniel Gruvaeus, os alemães dispararam para 4-1 e rapidamente obrigaram João Coelho a parar o jogo (8-3). Ainda assim, o Sporting reagiu: Kelton Tavares brilhou no serviço e Edson Valencia impôs-se no bloco, encurtando distâncias (11-7). Faltou, contudo, consistência para travar o ímpeto do Lüneburg, que fechou o primeiro parcial por 25-18.

O segundo set seguiu um guião semelhante. O Sporting arrancou bem — com destaque para um bloco de Jonas Aguenier e um ás de Sergey Grankin —, mas voltou a sofrer com o serviço adversário. Jan Galabov entrou bem, substituindo Jan Pokersnik, e ainda deu nova energia à equipa, mas os alemães voltaram a controlar o jogo e ampliaram a vantagem por 25-19.

Quando tudo parecia encaminhar-se para um 3-0, o Sporting reagiu com garra leonina. Um parcial de 5-0, comandado por Galabov e Tavares, mudou o rumo do terceiro set. O Luneburg tremeu, acumulando erros, e o equilíbrio reinou até ao fim. Lourenço Martins assumiu as rédeas e, com dois pontos consecutivos, carimbou o 25-23 que devolveu esperança aos verdes e brancos.

O quarto set foi o mais intenso da noite. O equilíbrio manteve-se até aos 20-20, com Edson Valencia e Kelton Tavares em grande destaque no bloco e no serviço. O Sporting chegou mesmo a liderar por 22-21, mas o Luneburg voltou a puxar dos galões e aproveitou um serviço final para fora de Lourenço Martins para fechar o encontro por 25-23.

Após o jogo, o treinador do Sporting, João Coelho fez uma análise positiva à estreia da sua equipa na Champions, mas deixou um lamento. «O Luneburg mereceu vencer, não há dúvidas. Foram melhores no serviço, mas podíamos ter estado melhor na recepção no primeiro e segundo sets. Não podemos permitir tantos ases como os que eles conseguiram. Melhorámos ofensivamente, mas eles foram mais agressivos no serviço e mais capazes no ataque».

«Tentámos equilibrar o jogo e levá-lo para o quinto set, mas eles foram capazes de fazer a pequena diferença no final. Sob pressão fica mais complicado arriscar. Deixámos um pouco da nossa imagem, mas não estamos felizes. No geral, sentimos que podíamos ter feito um pouco melhor», acrescentou o técnico português. 

Jonas Aguenier, central leonino, também queria mais do jogo. «O resultado não é bom. Ficámos longe deles nos primeiros dois sets, estavam a jogar muito bem. Estávamos com dificuldades num momento do jogo em que costumamos ser fortes: o sideout. Eles destruíram a nossa recepção e estava difícil responder», contou.

«A reação no terceiro set foi boa, mas o Luneburg controlou o quarto set muito bem. Não controlámos bem os erros e eles foram bons nisso. Conseguiram vantagens de três, quatro pontos e jogaram de forma mais tranquila, enquanto connosco foi ao contrário. Agora sabemos no que trabalhar e melhorar. (...) Para muitos de nós, foi a estreia na Champions, pelo que havia muita pressão. Este pavilhão é fantástico, mas esperamos por eles em nossa casa, em 2026», disse o francês.