Elogios a João Neves, Luís Enrique «chato» e Bola de Ouro: Vitinha abre o livro
Vitinha refletiu sobre o passado, o presente e o futuro no PSG, em entrevista à Gazetta dello Sport. O médio luso, que ficou em terceiro lugar na última edição da Bola de Ouro relativizou ser considerado um dos melhores médios do mundo: «Estou numa boa fase, mas não me esqueço que há maus momentos e críticas. O importante é manter-me o melhor possível para ajudar a equipa.»
O médio luso não deixou, ainda assim, crédito por mãos alheias em relação a uma vertente que sempre o diferenciou: «Estou a trabalhar nisso desde que comecei a jogar futebol, aos seis anos. É uma das minhas forças. Posso não ter muitas skills, mas tenho capacidade de passe.»
«Trabalhei no duro, tive alguma sorte e pude contar com pessoas importantes, tanto do ponto de vista pessoal como desportivo», reforçou Vitinha, antes de destacar o papel de Luis Enrique no salto qualitativo que deu nos últimos anos. O médio luso considerou que o treinador do PSG talvez seja «a pessoa com mais influência» na carreira que está a trilhar.
«É um bocadinho chato, mas gosto disso porque só podes melhorar. É um grande treinador, não apenas no ponto de vista técnico ou tático, mas também humano. Faz a diferença neste nível», contou Vitinha, que já registou 13 contribuições para golo esta época.
A temporada que Vitinha está a rubricar no PSG já mereceu imensos elogios, nomeadamente de Thomas Frank, treinador do Tottenham. «PSG tem um Bola de Ouro [Ousmane Dembélé] e o próximo também, joga ali no meio campo: Vitinha, que jogador. Uau! É o melhor médio do mundo», exclamou o técnico dinamarquês, após a vitória parisiense diante dos spurs (5-3), a 26 de novembro, na qual o médio luso rubricou o primeiro hat-trick da carreira.
Vitinha prefere reforçar a tese já exteriorizada por Luís Enrique sobre distinções individuais: «Os prémios individuais são bons, mas ganhar os troféus coletivos é sempre melhor.»
A relação especial com João Neves
Lado a lado com Vitinha, brilha outro médio luso no meio-campo do PSG. O jogador formado no FC Porto não poupou elogios a João Neves: «Temos uma grande relação e demonstramos em campo. O João é uma grande pessoa, com muita personalidade. Ser português ajuda porque entendemo-nos muito bem.»
Vitinha também destacou a «alta qualidade», «personalidade» e «foco» dos jovens que têm despontado no PSG para colmatar ausências forçadas de pesos pesados do plantel. O médio luso frisou que os parisienses não se podem dar ao luxo de deslizar em qualquer competição: «Neste clube, todos os jogos são importantes. Não distinguimos entre partidas da liga, da Champions e da Taça. Perdes, estás fora.»
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