Detidos mais cinco suspeitos do assalto ao Louvre
A procuradoria pública de Paris confirmou a detenção de mais cinco suspeitos no âmbito da investigação ao roubo de joias no Museu do Louvre.
As detenções ocorreram na noite de quarta-feira na região de Paris, segundo informou o gabinete da procuradora. A agência de notícias AFP avança que um dos principais suspeitos está entre os detidos. Estas novas detenções surgem depois de dois outros homens terem reconhecido parcialmente o seu envolvimento no assalto.
No dia 19 de outubro, quatro ladrões entraram no museu mais visitado do mundo em plena luz do dia, tendo roubado peças avaliadas em 88 milhões de euros. Em declarações à rádio francesa RTL na quinta-feira, Beccuau, a procuradora responsável pelo caso, afirmou que as joias ainda não foram recuperadas.
A procuradora acrescentou que o ADN de um dos detidos na quarta-feira corresponde a vestígios encontrados no local do crime, acreditando-se que este indivíduo faça parte do grupo de quatro homens que executou o assalto, captado pelas câmaras de videovigilância.
As autoridades acreditam que a rede envolvida no roubo poderá ser maior do que o grupo que realizou o assalto fisicamente. Os investigadores franceses mantêm reserva sobre mais detalhes, mas os novos suspeitos podem ficar detidos até quatro dias antes de serem formalmente acusados ou libertados.
Os dois primeiros detidos, ambos na casa dos 30 anos e com antecedentes criminais, são suspeitos de terem utilizado ferramentas elétricas para entrar na Galeria de Apolo e roubar parte das joias da coroa francesa. Foram detidos no final da semana passada. Numa conferência de imprensa na quarta-feira, Beccuau esclareceu que um dos homens foi detido ao tentar embarcar num voo só de ida para a Argélia, enquanto o outro não planeava sair de França, contrariando informações anteriores da imprensa.
A procuradora confirmou ainda que, nesta fase, não existem provas que sugiram a cumplicidade de funcionários do museu.
Assalto à luz do dia
No dia do roubo, os assaltantes chegaram às 9h30, pouco depois da abertura do museu ao público. Utilizaram um elevador mecânico montado num veículo roubado para aceder à Galeria de Apolo através de uma varanda virada para o rio Sena. Com uma rebarbadora, arrombaram as vitrinas que continham as joias.
Beccuau detalhou que os ladrões permaneceram no interior durante apenas quatro minutos. A fuga deu-se às 9h38 em duas motorizadas que os aguardavam no exterior, tendo depois trocado para automóveis e seguido em direção a leste. Ninguém foi ameaçado durante o assalto.
Desde o incidente, as medidas de segurança nas instituições culturais francesas foram reforçadas. O Louvre transferiu algumas das suas joias mais preciosas para o Banco de França, onde ficarão guardadas no cofre mais seguro da instituição, a 26 metros de profundidade.