Conte: «Viu-se uma diferença de energia física e mental entre nós e o Benfica»

Antonio Conte, treinador do Nápoles, considera que a frescura física (ou a falta dela, no que à sua equipa diz respeito) fez a diferença a favor do Benfica, que venceu a equipa italiana em duelo da sexta jornada da Champions League.

- Esta derrota em Lisboa é um passo em falso para o Nápoles?

- Não considero um passo em falso, os rapazes deram tudo o que tinham. Viu-se uma diferença de energia física e mental entre nós e o Benfica, que jogou na sexta-feira, teve mais dois dias de descanso. Inevitável que isso se pague. Há pouco a fazer. Tentámos até ao fim, houve grande generosidade dos jogadores, mas não estávamos lúcidos como precisávamos.

- Por ordem de prioridade, considera que este resultado reflete mais o cansaço físico e mental, ou a dificuldade em gerir tantas competições?

- Todas as equipas que participam na Champions têm de gerir várias competições, pode fazer-se com um plantel largo. Tentámos fazer isso, mas temos sete jogadores lesionados. Hoje foi difícil de gerir porque somos poucos. Já tínhamos falado nisso. O que me preocupa menos é que os rapazes deram tudo e estarão sempre prontos a dar tudo. Há sempre surpresas positivas e negativas na Champions. Perdemos o jogo, fomos generosos, mas o Benfica tinha algo a mais que nós. Teremos de enfrentar esta situação durante mais tempo, teremos de sofrer, estamos prontos para isso.

- O Nápoles subestimou o Benfica? As mudanças de Mourinho surpreenderam?

- O Benfica rematou cinco vezes, nós duas. O Benfica não me surpreendeu, nem subestimámos. Preparámos este jogo como o da Juventus. Seríamos ignorantes e presunçosos se subestimássemos o Benfica. Isso não somos.