C'um Catamo, Gyokeres até tirou 'Panenka' da cartola!: as notas dos jogadores do Sporting
RUI SILVA (6) — Como a noite nem estava fria, não houve problema de não ter sequer aquecido nos primeiros 45', sem trabalho algum para fazer e só tendo de controlar com os olhos um disparo de André Luiz, aos 26', que passou ao lado do poste direito. A segunda parte não foi tão descansada, mas foi... tranquila, só teve de segurar um remate (73') de Tiago Morais e sacudir dois cantos.
EDUARDO QUARESMA (6) — Demonstrou abnegação e bom sentido posicional, recuperando bolas em terrenos alheios e ajudando a bloquear a (fraca) apetência ofensiva do Rio Ave.
DIOMANDE (6) — Foi uma muralha para Clayton, implacável na primeira parte e nada permeável na segunda, e procurou ajudar à profundidade ofensiva com lançamentos longos para as alas.
ST. JUSTE (6) — Voltou a jogar mês e meio depois da bronca no jogo com o Arouca (estava limitado, não disse nada e teve de sair logo aos 10'...) e teve cabeça para fazer uma hora sem sobressaltos e sem necessidade de grandes acelerações.
FRESNEDA (5) — Esteve pouco em jogo. Sentiu dificuldades para explorar a ala direita e carrilar o ataque dos leões por aí, não se dando bem com a proximidade das linhas do Rio Ave.
HJULMAND (6) — A equipa voltou a ter farol e bússola com o regresso do dinamarquês ao miolo, a ser exímio a tirar a bola da zona de pressão e a circulá-la à largura.
DEBAST (6) — Cada vez mais parece um médio e não um central adaptado, beneficiando, ontem, da segurança de ter o capitão Hjulmand ao lado. Como o jogo não foi de alta velocidade, mais do que fazer rápido foi preciso fazer bem e o belga cumpriu.
MAXI ARAÚJO (5) — Foram poucas as vezes em que ligou com Geny Catamo na primeira parte e teve de usar alguma cautela com a velocidade de André Luiz a entrar pelas suas costas. Aos 84' teve remate frontal que podia ter valido o 3-0 mas acabou bloqueado.
TRINCÃO (6) — Marcou o canto que redundou no 1-0 aos 12', mas deixou-se enlear na teia defensiva do Rio Ave e teve pouco apoio para dela se soltar. Procurou servir Gyokeres (36' e 62'), e também foi servido, mas os remates saíram mal calibrados. Aos 60' acertou com a bola em cheio na cara do árbitro, que ficou uns segundos a ver estrelas...
GENY CATAMO (7) — Deu um pontapé na monotonia dos primeiros 10' e aos 12' aproveitou alívio de Clayton a canto de Trincão para encher o pé esquerdo e levantar as bancadas de Alvalade. Estava a revelar pouca ligação com Maxi Araújo quando numa (rara) combinação com este, já em cima do intervalo, sacou um penálti a Brandon Aguilera. Gyokeres ofereceu-lhe o 3-0 aos 56', mas atirou por cima, e aos 77', de novo a passe do sueco, meteu-a lá dentro, mas foi apanhado em posição irregular. Ainda assim, ficou uma noite para mais tarde recordar e que valeu meio bilhete para o Jamor.
MATHEUS REIS (5) — Deu descanso a St. Juste, regressado após lesão, e ajudou à gestão de Rui Borges tendo em vista o clássico que aí vem com o SC Braga, procurando suster a pressão do Rio Ave pelo seu lado nos minutos finais.
EDUARDO FELICÍSSIMO (5) — Somou mais minutos ao currículo pela equipa principal para ajudar Hjulmand a não perder o fôlego para a próxima (e muito importante) jornada da Liga.
QUENDA (6) — Procurou acelerar pela direita. Tentou assistir Trincão aos 71' e rematou para defesa de Miszta aos 90+4'.
HARDER (6) — Entrou aos 80', com muita fome de bola. Aos 81' disparou muito forte, mas ao lado do poste direito da baliza do Rio Ave, e aos 84' serviu remate frontal a Maxi Araújo.
BIEL (-) — O brasileiro foi o último ato de gestão de Rui Borges na partida, mas para permitir o (merecido) aplauso a Geny Catamo.