Armand Duplantis. Foto: (IMAGO) - Foto: IMAGO

Armand Duplantis recompensado com cerca de 145 mil euros depois de mais um recorde mundial

Atleta sueco bateu o recorde mudnial de salto à vara novamente, desta vez nos Mundiais de Tóquio

O sueco Armand Duplantis bateu o recorde mundial de salto com vara pela 14.ª vez na carreira, elevando-o para 6,30 metros e conquistando o seu terceiro título mundial, após os de Eugene 2022 e Budapeste 2023.

Mondo Duplantis, que nasceu e cresceu na cidade americana de Lafayette, Louisiana, mas compete pela Suécia, país natal da sua mãe, venceu a sua 49.ª competição consecutiva com o sucesso nos Campeonatos Mundiais de Tóquio.

A fasquia já lá vai para Duplantis

Depois de garantir a vitória, com o grego Emmanouil Karalis a falhar a 6,20 m, Duplantis manteve o público em suspense por mais meia hora, durante a qual os espectadores o observaram, esperaram e encorajaram na tentativa de bater o recorde mundial.

Saltou a altura máxima, 6,30 metros, na terceira e última tentativa – a fasquia ainda balançou, mas não caiu, e ele saltou do colchão e correu para os braços de Karalis, que terminou em segundo lugar, para começar a celebração.

Duplantis festejou mais um recorde com a noiva, Desiré Inglander

Armand Duplantis: «Oferecer-vos este momento é simplesmente incrível»

Duplantis recebe cerca de 60 mil euros pela vitória, mais um bónus de cerca de 85 mil euros por estabelecer o recorde nos Campeonatos Mundiais.

As pessoas no estádio lotado, que permaneceram para a final, a última prova ainda em disputa, ficam com uma memória maravilhosa. «Oferecer-vos este momento é simplesmente incrível», disse Duplantis numa entrevista concedida no próprio estádio.

O atleta de 25 anos bateu o recorde mundial pela primeira vez a 8 de fevereiro de 2020, saltando 6,17 metros e destronando o campeão olímpico francês de 2012, Renaud Lavillenie.

Armand 'Mondo' Duplantis voltou a bater o recorde do mundo de salto com vara (IMAGO)

Desde então, Duplantis melhorou o recorde em um centímetro de cada vez, o que lhe proporcionou mais oportunidades de ganhar bónus, como o obtido nesta competição, seguindo o exemplo de Sergey Bubka nos anos 80-90.

«O que o Mondo tem em abundância é o que todo saltador com vara tenta alcançar», disse o americano Sam Kendricks, que terminou em quarto lugar e é o último atleta, além de Duplantis, a ganhar um título mundial (em 2019). «Ele tem impulsão, tem velocidade. Tem uma família que o apoia verdadeiramente e tem um grupo de colegas que o impulsionam para o sucesso», disse ele após o final da prova.

Duplantis apertou as mãos e abraçou todos os seus colegas de prova depois de Karalis falhar a 6,20 metros, garantindo assim a sua vitória. Dirigiu-se para a beira da pista para consultar o seu treinador, voltou e sentou-se, depois levantou-se, colocou magnésio nas mãos e deixou o drama desenrolar-se.

Duplantis não tem limites - Foto: IMAGO

Armand Duplantis, nas pisadas de Sergey Bubka

Tal como há um ano, nos Jogos Olímpicos de Paris, Duplantis falhou as duas primeiras tentativas, restando-lhe apenas uma, de tudo ou nada. Depois de estar sentado cerca de cinco minutos, levantou-se, ganhou balanço, atingiu uma velocidade de mais de 35 quilómetros por hora, e depois saltou a maior altura alguma vez superada – espaço suficiente para caber uma carrinha de tamanho normal.

«Acredito nele», disse o seu pai, Greg, numa entrevista concedida no estádio. «Achei que ele conseguiria na última tentativa. É preciso acreditar», assegurou ele.

Mondo fará 26 anos em novembro e, para comparação, o grande Bubka, que ganhou seis títulos mundiais consecutivos nas décadas de 1980 e 1990, tinha 31 anos quando bateu o recorde pela 17.ª e última vez, deixando-o em 6,14 metros.

Depois de Lavillenie o ter superado uma vez, Duplantis assumiu a série que prolongou nos Mundiais de Tóquio, a primeira vez que bateu o recorde no Japão. Quantos mais virão?