Após sofrer goleada no clássico, Renato Paiva fala do futuro: «Tranquilo»

 O Bahia, orientado por Renato Paiva, teve noite desastrosa em Recife, sendo goleado pelo Sport, por 0-6, igualando a maior goleada de sempre na história deste clássico, repetindo resultados registados em 1959 e 1956.

A equipa do treinador português ficou reduzida a 10 jogadores logo aos 14 minutos (expulsão do lateral-esquerdo Ryan) e sofreu o primeiro golo na sequência, por intermédio de Luciano Juba, que viria a bisar volvidos 10 minutos, de grande penalidade.

Foi o abrir de uma noite histórica na Ilha do Retiro (assim é conhecido o Estádio Adelmar da Costa Carvalho, casa do Sport. O antigo internacional brasileiro Vagner Love também bisou e Jorginho e Sabino completaram o marcador.

No final, Renato Paiva disse que foi um jogo «fácil de explicar». «Uma equipa que se adaptou de imediato ao estado do terreno, jogou com bolas longas e superou o nosso meio-campo, enquanto outra equipa quis jogar como se joga, apesar dos avisos, dentro do terreno, que é impossível jogar desta forma e fomos trazendo a pressão do adversário para cima de nós. Não conseguimos jogar com bolas longas. Mas os jogadores têm de perceber, e foram alertados antes e depois do aquecimento, que as condições não estavam favoráveis ao nosso jogo. O Sport adaptou-se melhor ao terreno e tomou conta do jogo. A partir da expulsão o adversário começou a jogar no nosso erro e, depois, o penálti. A equipa desencontrou-se e nunca mais acertou», explicou.

Questionado sobre o seu futuro à frente da equipa, o treinador português referiu: «Tranquilo, com a consciência de que o meu trabalho é que me define. Estamos a fazer o que podemos e sabemos para melhorar a equipa. Temos de saber viver com essas goleadas - foi a maior da minha carreira como treinador, sofri 5-0 pelo Independiente contra o Palmeiras. Temos de tirar lições delas. Não gostamos, mas há uma coisa que é certa, quando o Renato Paiva sentir que é um problema, vai embora. No México eu pedi a demissão porque senti que naquelas condições eu não ia ser a solução. Como sinto que não sou o problema aqui, vou continuar.»

Com o resultado, o Bahia caiu no último lugar do Grupo B da Copa Nordeste, com apenas quatro pontos ao cabo de cinco jornadas, quatro golos marcados e 13 sofridos.