André Cruz revela quem pode decidir o dérbi (e não é Gyokeres...)
Contas feitas foram 15 golos em 105 jogos pelo Sporting. O suficiente para ganhar tudo em Portugal com a camisola dos leões: dois campeonatos (1999/2000 e 2001/2002), uma supertaça e uma Taça de Portugal. Se dissermos que era internacional brasileiro, defesa-central e um dos maiores especialistas em livres que passou por Alvalade será mais fácil chegar ao nome em questão: André Cruz. Três épocas que deixaram marca forte de leão ao peito numa fase de menor fulgor na Europa após anos de excelência em Itália, nomeadamente no Nápoles, Milan e Torino.
Mesmo à distância, no Brasil, André Cruz, continua a viver intensamente o Sporting. E em conversa com A BOLA não escondeu alguma ansiedade pela partida deste sábado. Ele que, melhor do que poucos, sabe o que os jogadores estão a sentir nesta fase.
Gyokeres é uma arma importante. Está a fazer bons jogos, com regularidade e muitos golos. Um defesa precisa de muita inteligência para o travar e conseguir antecipar jogadas
«É mesmo especial. Duas equipas da mesma cidade, a rivalidade entre os adeptos que se conhecem, o gozo entre os amigos, a paixão pelo futebol... É tudo isso que faz deste jogo ser um momento diferente. O que os jogadores têm de fazer é manter o foco, a concentração estar elevada e acreditar na vitória. Não existe outra fórmula», começa por dizer o internacional brasileiro, em 33 ocasiões, destacando o percurso leonino.
«O Sporting conseguiu manter o alto nível de jogo do ano passado. E precisa de continuar com essa mentalidade e fortalecer-se a cada ano que passa. Na Europa leva mais tempo, mas o Sporting precisa de vencer hoje, amanhã e sempre», reforça.
André Cruz notabilizou-se pela experiência e consistência defensiva, mas também pela sua apetência pelo golo. Um especialista em livres diretos, teleguiados, que ofereceram muitas vitórias aos leões. Um ponto que, confessa, deve ser explorado, com Debast a assumir esse papel importante nos últimos jogos. Curiosamente também um central de origem...
«Debast terá um papel importante, claro. Os livres são importante e decidem jogos. Assim como os pontapés de canto. Esse pode ser o segredo de um dérbi. E há algo que garanto: quem tem um bom batedor de livres e cantos... parte sempre na frente», constata o brasileiro, hoje com 56 anos, que falou, obviamente, de Gyokeres.
«É uma arma importante. Está a fazer bons jogos, com regularidade e muitos golos. Um defesa precisa de muita inteligência para o travar e conseguir antecipar jogadas. Mas vive um ótimo momento e é muito complicado alguém o parar nesta altura», finaliza.