André Bernardo, vice-presidente e administrador da SAD do Sporting
André Bernardo, vice-presidente e administrador da SAD do Sporting

André Bernardo explica a renovação do Estádio José Alvalade

Vice e administrador leonino esteve em Madrid numa cimeira dedicada a instalações desportivas

O vice-presidente do Sporting e administrador da SAD André Bernardo marcou presença no painel Plano de negócios, estratégia e estudo de viabilidade. Modelo económico e usos do futuro estádio: pensando no retorno desde o primeiro minuto, englobado numa cimeira dedicada a instalações desportivas realizada esta quinta-feira em Madrid.

O dirigente leonino destacou que as chaves para a renovação do Estádio José Alvalade foram transformação, identidade e comunidade. «Temos um estádio de que os adeptos gostavam muito, mas não sentiam que tivesse a identidade do clube pela forma como foi feito e desenhado. Quisemos caminhar para a identidade que queríamos em relação ao que os adeptos sentem pelo clube. O projeto passa por transformar o estádio numa plataforma. O nosso plano de atuação é fazer a intersecção entre o ecossistema de entretenimento e de bem-estar e lifestyle», avaliou André Bernardo, citado pela Lusa.

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«Acredito que os estádios foram inicialmente feitos ou desenhados só como um eixo de desporto. O que queremos fazer e pusemos como objetivo estratégico é que [Alvalade] seja um eixo de entretenimento e estilo de vida. Na nossa opinião, isso resulta bem se, com a identidade, que é distintiva em cada clube, criarmos essa comunidade em que as pessoas sentem uma conexão sempre que vão ao estádio, haja ou não jogo», observou.

O Sporting, recorde-se, fez em outubro uma emissão de 225 milhões de euros de obrigações, através da sociedade Sporting Entertainment, detida pela SAD dos leões, para, entre outros objetivos, financiar a renovação de Alvalade.

Estádio José Alvalade foi alvo de obras de remodelação para proporcionar mais conforto aos adeptos
Estádio José Alvalade foi alvo de obras de remodelação para proporcionar mais conforto aos adeptos (Foto: Sporting CP)

«O estádio é um ativo e um corpo vivo que transmite coisas e ajuda na interação, que é aquilo que procuramos. Do ponto de vista estratégico, também ajuda, pois quanto mais capacidade de ingressos operacionais houver, mais vamos ser capazes e eficientes na gestão do plantel, no qual fazemos a maioria do investimento», disse sobre a transformação do estádio, que surge no plano estratégico apresentado pelo Sporting para o período 2024-2034, decorrendo de forma faseada desde há cinco anos.

«Os adeptos queriam fechar o fosso desde que o estádio foi construído e nós também. As equipas entenderam que, por detrás disso, tinha de estar uma mudança na proposta de valor. Conseguimos ter tudo pronto, apesar da complexidade, gestão e execução do projeto. Isso foi chave e valeu pela cultura que criada”, recordou André Bernardo.