Betinho, jogador da equipa de basquetebol do Benfica, no jogo com FC Porto da final do play-off da Liga Betclic 2024-25. Foto SL Benfica
Betinho, jogador da equipa de basquetebol do Benfica, no jogo com FC Porto da final do play-off da Liga Betclic 2024-25. Foto SL Benfica

Águia anti-euforias pronta para o combate no Arena

Benfica pode festejar tetracampeonato em caso de triunfo no Dragão diante do rival FC Porto. Treinador Norberto Alves diz que equipa tem de manter humildade. Azuis e brancos contam com força das bancadas

É um Benfica cauteloso aquele que promete apresentar-se hoje, às 19 horas, no Dragão Arena para o Jogo 3 da final da Liga com o FC Porto. A euforia não entra no balneário de Norberto Alves, que garante que nada está decidido, mesmo com a vantagem de 2-0 na série e o tetracampeonato a um passo de ser conquistado.

«Estamos preparados para um, dois ou três jogos. Nada está garantido. Do outro lado há uma grande equipa de basquetebol. Como se viu aqui na Luz nos dois encontros, basta 1 ou 2 minutos abaixo daquilo onde temos de estar... Disse antes do play-off que tínhamos de nos transcender e, quando estamos um pouco abaixo, torna-se muito difícil. Portanto, voltamos a ter de nos transcender em termos de qualidade, e acreditar no colega ao lado e manter a humildade. É com este espírito que viajamos», garantiu o técnico, em declarações à BTV.

Norberto Alves assume melhorias na equipa, a nível defensivo e ofensivo, que explica com o facto de ter finalmente o grupo completo para treinar, e a existência de um plano para o embate na Invicta, porém a maior preocupação está num possível relaxamento depois da vantagem adquirida. «Acredito no trabalho diário dos rapazes. Vai ser duro, vai ser muito difícil. É bom que as pessoas não entrem em euforias. Nós não entramos, a equipa não está assim. Estamos concentrados no que temos de fazer. E é assim que vamos para o jogo», referiu.

Do outro lado, a margem de erro é zero. Perder significará o 11.º vice-campeonato. Não há clube em Portugal com tantas finais perdidas como os dragões desde 1995, o primeiro ano da liga profissional. No entanto, a resiliência não abandona o FC Porto e, com a força dos adeptos, a equipa de Fernando Sá, expulso ao intervalo da partida de terça-feira — protestou com os elementos de arbitragem, depois de ter sido admoestado antes com uma falta técnica — promete luta até ao último segundo. Se possível, vencer e prolongar a final até ao ponto de poder vencê-la.

«Eles fizeram o trabalho deles e ganharam os dois jogos em casa, mas agora a eliminatória muda-se para o Dragão Arena, por isso temos de ser nós a resolver», afirmou ao site do clube o extremo norte-americano Devyn Marble, que garante saúde no grupo de trabalho: «Sentimo-nos bem, temos treinado muito. Vimos os vídeos e sabemos o que temos de melhorar e os ajustes que precisamos fazer. Precisamos de melhorar a recuperação e temos de marcar mais.»

Águias apontam ao tetracampeonato, o 31.º título de campeão na modalidade

Caso consiga vencer no Dragão Arena, o Benfica somará o tetracampeonato e o título de campeão número 31, o que acentuaria o seu domínio na modalidade.

No entanto, apesar da desvantagem por 2-0 na série, o FC Porto persegue o 13.º, sendo o segundo clube mais titulado — ainda que o último tenha sido conquistado em 2015/16, precisamente diante das águias —, à frente do Sporting, que apenas conta com nove troféus no seu museu. A derradeira festa leonina antecedeu o tricampeonato dos encarnados, na época do regresso da competição após a pandemia Covid-19, que anulou 2019/20. Em 2017/18 e 2018/19, a Oliveirense conquistou os únicos dois títulos do seu historial.

Carnide (7 vezes), Ovarense (5), Académica (4), Vasco da Gama, Sporting Lourenço Marques e Portugal Telecom (3), Belenenses, Barreirense e Queluz (2), Conimbricense, União de Lisboa, Benfica de Luanda, Malhangalene, Ginásio Figueirense e Estrelas da Avenida (todos com 1) são os restantes clube que já se sagraram campeões.