Jaime Faria perdeu na primeira ronda de Wimbledon (D.R.)

«Não tive a atitude certa para enfrentar este desafio»

Jovem Jaime Faria foi eliminado na primeira ronda do quadro principal de Wimbledon, frente ao italiano Lorenzo Sonego. «Estive muito em baixo animicamente, apático e nervoso», reconheceu o n.º 2 português

Jaime Faria não conseguiu manter o nível de jogo exibido no qualifying e foi eliminado, esta terça-feira, na primeira ronda do quadro principal de Wimbledon por Lorenzo Sonego, que impôs superioridade clara para vencer em três sets, por 6-3, 6-4 e 6-2.

Após três encontros vencidos na fase de qualificação do Grand Slam britânico, o jovem português de 21 anos, tenista n.º 116 do ranking mundial (ATP), cedeu ao italiano, 47.º da mesma hierarquia, em 1 hora e 43 minutos.

«Não foi o meu melhor dia. Estive muito em baixo animicamente e não tive a atitude certa para enfrentar este desafio. Houve momentos em que acreditei, mas ele esteve muito bem e dominou os pontos. O encontro define-se pela qualidade dele nesses momentos e pela minha falta de reação. Estava pouco proativo, à espera do que vinha do outro lado em vez de tentar comandar», lamentou Jaime Faria, citado pelo site Raquetc.

O número 2 do ténis português denotou, na fase final do encontro, algumas limitações físicas. Nos últimos meses, sofreu com lesões no pé esquerdo, no braço direito e nas costas.

«Não consegui estar nas melhores condições físicas, não tem sido um ano fácil nesse aspeto, e não abordei o encontro da melhor maneira. Por um lado, está a ser o melhor ano da minha carreira, por outro tenho muito a melhorar», admitiu Jaime Faria, que esteve longe de replicar o desempenho do qualifying.

Por seu turno, Lorenzo Sonego, de 30 anos, obteve 38 winners (15 ases) para apenas 12 erros não forçados, enquanto Faria saiu do Court 8 do All England Clube com 23 winners e 32 erros não forçados (e apenas quatro serviços sem resposta).

«Normalmente sou um jogador com boa energia, mas hoje não senti que tivesse essa boa energia. Estive um bocado apático e muito nervoso. Queria muito estar aqui e por um lado estou feliz por ter jogado, mas por outro estive demasiado nervoso, pensei demasiado, fiz pouco e estive muito queixoso», reconheceu.

Wimbledon foi o terceiro torneio do Grand Slam consecutivo em que Jaime Faria jogou o quadro principal, após Open da Austrália, em que também precisou de passar pelo qualifying, e Roland Garros, a que acedeu diretamente ao quadro principal.

Na próxima semana, Faria está inscrito no Challenger de Trieste, Itália, em terra batida, que será a derradeira oportunidade de garantir a entrada direta no quadro principal do Open dos Estados Unidos.

«A minha vinda para a relva foi muito boa. Adaptei-me muito bem às condições, ganhei uns quantos encontros. Agora tenho de continuar. Já joguei três quadros principais de torneios do Grand Slam e este ano quero jogar o quarto. Só não sei se faz sentido ir a Trieste, porque é já na próxima semana e em terra batida, mas depois tenho os dois ATP 250 antes de viajar para os Estados Unidos», concluiu.

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