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Homenagem a Diogo Jota quebrou regra com 148 anos em Wimbledon
O ténis e o futebol cruzaram-se esta sexta-feira em Wimbledon num momento repleto de emoção, onde o português Francisco Cabral entrou em campo com uma fita preta na manga, em homenagem a Diogo Jota, após a trágica morte do avançado do Liverpool.
Portuguese Francisco Cabral wearing a black ribbon for his #Wimbledon R2 in honor of Diogo Jota. pic.twitter.com/GxiUBSZhaD
— Gaspar Ribeiro Lança (@gasparlanca) July 4, 2025
No mítico All England Club, onde a tradição dita que os jogadores usem branco absoluto, o rigor do código de vestuário foi quebrado. Pela primeira vez em 148 anos, a organização autorizou o uso de braçadeiras e símbolos de luto, provando o impacto da perda que abalou o desporto mundial.
Franciso Cabral, número 40 do mundo em pares, não conhecia Diogo Jota pessoalmente, mas não hesitou em homenagear o compatriota.
«Foi uma notícia muito, muito triste. Embora não o conhecesse pessoalmente, sabia por um amigo em comum que ele era uma pessoa fantástica», disse o tenista português, ao Daily Mail, antes do confronto de pares com Jamie Murray e Rajeev Ram.
«Recebi a notícia quando estava a ir para Wimbledon. Desejo tudo de bom para a família dele. Sei que eles têm boas pessoas ao redor, então espero que consigam superar isso», acrescentou ainda.
Francisco Cabral, que faz dupla com o austríaco Lucas Miedler, está neste momento a defrontar Petr Nouza e Patrik Riki, em busca de um lugar na terceira ronda da competição, carregando em campo não só a ambição desportiva, mas também a inspiração deixada por Diogo Jota: «Sei o que ele passou, o que conquistou na carreira e na via. Então, ele é uma grande inspiração para mim.»
A homenagem pode não ficar aqui. O britânico Neal Skupski, adepto do Liverpool, também poderá usar a fita preta nos próximos dias.
«Foi um dia difícil. Soube hoje de manhã que o Diogo Jota faleceu e também soube que minha avó também faleceu, então foi um dia muito difícil», disse Neal Skupski, esta quinta-feira.