)
Benfica vê Félix escapar mas ganha com a venda ao Al Nassr
A iminente transferência de João Félix para o Al Nassr representa um golpe para o Benfica no que ao mercado diz respeito, mas permitirá um encaixe financeiro à SAD liderada por Rui Costa.
É a outra face da moeda, claro está, até porque a receita não é muito significativa, pelo menos para os padrões habituais da Luz. Em todo o caso, pode ajudar a amenizar o desgosto, caso venha a concretizar-se a desilusão de ver esfumada a possibilidade de fazer regressar o avançado, perante a investida do Al Nassr, agora treinado por Jorge Jesus, e com Cristiano Ronaldo como capitão.
De acordo com os detalhes adiantados por Fabrizio Romano, especialista em mercado de transferência, o acordo do emblema saudita com o Chelsea prevê um pagamento fixo de 30 milhões de euros. O negócio contemplará depois outras variáveis - até porque o clube inglês quer recuperar quase integralmente o investimento que fez no jogador, 52 milhões de euros -, mas essa a base.
Assumindo esse valor, o Benfica tem direito a 600 mil euros, ao abrigo do mecanismo de solidariedade. Esta regra, criada pela FIFA no início dos anos 2000, estipula que 5% por cento do montante de qualquer transferência reverte para os clubes formadores do jogador em questão.
Entre os 12 e os 15 anos de idade a verba correspondente é de 0,25% por ano, e depois disso sobe para 0,5%, até aos 23 anos.
João Félix esteve quatro épocas no Benfica, de 2015/16 a 2018/19. Dos 16 aos 19 anos de idade, portanto, o que significa que as águias têm direito a 2% do mecanismo de solidariedade. Tendo em conta então os 30 milhões de euros que servirão de base ao negócio, o Benfica recebe 600 mil euros.
O Atlético de Madrid, que em 2019 pagou 126 milhões de euros por Félix, tem direito precisamente ao mesmo valor, referente ao período final da formação, entre os 19 e os 23 anos de idade.
O FC Porto será também beneficiado, a confirmar-se a transferência para o Al Nassr. Tem direito a 225 mil euros, se não incluirmos a época em que o avançado representou o Padroense, mas ao abrigo do protocolo existente entre os dois emblemas. Essa época, 2014/15, em que o jogador era juvenil de primeiro ano, corresponde a 75 mil euros.