4 setembro 2024, 17:07
Ciclista Luís Costa é bronze no contrarrelógio da classe H5
Português alcançou o pódio na prova de ciclismo de estrada
Ciclista de 51 anos foi suspenso provisoriamente; retirada da medalha de bronze em Paris 2024 está em cima da mesa, porém «só acontece quando esgotados todos os recursos legais ao dispor do atleta», segundo o chefe da Missão de Portugal, Luís Figueiredo
O paraciclista português Luís Costa, que conquistou uma medalha de bronze em contrarrelógio no ciclismo de estrada nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, teve um controlo antidoping positivo durante a competição, informou esta terça-feira o Comité Paralímpico Português (CPP).
4 setembro 2024, 17:07
Português alcançou o pódio na prova de ciclismo de estrada
«O Comité Paralímpico de Portugal (CPP) foi notificado pelo Comité Paralímpico Internacional, em data posterior à da competição do atleta Luís Costa, de que este apresentou um 'resultado analítico adverso' em teste de controlo antidoping realizado em Paris», lê-se no comunicado do organismo.
Luís Costa, de 51 anos, que foi no dia seguinte 4.º classificado na prova de estrada, fica «provisoriamente suspenso, estando a decorrer o prazo legal para o atleta exercer o direito de defesa». No mesmo comunicado, o CPP avança que «repudia qualquer forma de adulteração de resultados e pugna por um desporto limpo e transparente».
5 setembro 2024, 15:57
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O chefe da Missão de Portugal a Paris 2024, Luís Figueiredo, adiantou à agência LUSA que, apesar da suspensão, esta não implica para já a retirada das medalhas, porém, esta pode acontecer «depois de esgotados todos os recursos legais ao dispor do atleta».
Este foi o segundo caso de doping da missão lusa aos Jogos Paralímpicos Paris2024, que terminaram no domingo, depois de Simone Fragoso ter ficado afastada da estreia portuguesa nas provas de powerlifting, após três presenças como nadadora.
A BOLA tentou contactar o atleta para obter uma reação, mas não foi possível até ao fecho desta edição. Ainda assim, Luís Costa publicou um comunicado nas redes sociais na qual lamentou a situação, garantindo estar «de consciência tranquila» e já ter requerido a contra-análise.
«Fui notificado de que testei positivo para uma substância proibida, em teste antidoping realizado em Paris, dois dias antes de competir. Segundo o relatório, trata-se de um diurético (chlortalidona). Estou de consciência tranquila, não tomei deliberadamente tal substância e já pedi a contra-análise», lê-se na publicação em que o paraciclista revela ter ido «do céu ao inferno» no espaço de uma semana, entre a conquista da medalha de bronze e o controlo agora conhecido. «Avizinham-se tempos muito difíceis para mim e o julgamento público será imediato e implacável, como sempre acontece nestas situações», escreveu ainda o atleta.
De referir que a suspensão provisória do português não implica que a medalha lhe seja retirada, uma vez que isso só acontece após a conclusão da investigação e de todos os meios de defesa de Luís Costa. O caso do ciclista junta-se assim ao de Simone Fragoso, que foi excluída da participação na prova de -41 quilos de powerlifting, após ter testado positivo a uma substância proíbida.
(artigo atualizado)