«No Barcelona tratavam-me como se fosse o Messi»
Aguero recorda último capítulo da carreira, o Man. City e o pai
Entre os melhores avançados da sua geração, Sergio Aguero fez um balanço da carreira em entrevista ao The Guardian, sem esquecer o Barcelona, onde pendurou as chuteiras, apenas com cinco jogos disputados.
«Ia ser espetacular: a oportunidade de chegar ao Mundial com Messi, em grande forma e juntos», lembrou o antigo jogador, que se despediu dos relvados em dezembro de 2021 após lhe ser diagnosticada uma arritmia cardíaca. «Na verdade, não cheguei a receber a reforma, não estava gordo, estava um barril.»
«O meu último golo foi contra o Real Madrid, o que não é mau, e sabem o que levo do Barcelona? A paixão das pessoas pelo clube. Como foram bons para mim, como me trataram. Era como se fosse o Messi. Disse: 'Olha, eu não sou o Leo'», recordou.
O antigo avançado também falou do pai. «Já mais velho, perguntei ao meu pai porque é que ele nunca dizia que eu jogava bem. Ele disse que não queria que eu pensasse que era o melhor, que ficasse convencido. Achava que estava a impedir que eu perdesse a cabeça. Estava sempre zangado comigo depois dos jogos. Também não queria que mais ninguém me dissesse que eu era bom. Até queria controlar os meus amigos. Dávamo-nos sempre bem, depois mal...»
Quando o elogio do pai chegou, estranhou: «'Esperaste que eu me reformasse para me dizeres isso?' Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Finalmente, disse algo de bom.»
Sobre a ida para o Manchester City, clube que representou durante 10 épocas, recorda a adaptação. «Não sabia inglês. Pablo Zabaleta ajudou-me muito. Havia o David Silva, o Yaya Touré, o Carlos Tevez. Quando me sentei à mesa dos ingleses, pensei: 'M...'. Eles diziam-me: 'Anda, senta-te'. Eu ouvia e, pouco a pouco, sem sequer ter pegado num lápis ou ter tido um professor, fui entendendo. Os ingleses eram muito bons para mim. Tratavam-me bem, defendiam-me», contou.
E não escondeu que se sente «orgulhoso» pela estátua que o homenageia no Etihad. «Tenho amigos que vão aos jogos e enviam fotos e penso: 'Isto é de loucos'. Vai ficar para sempre».
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