Portimonense-Chaves: reação precisa-se… assim como fechar as balizas

Antevisão Portimonense-Chaves: reação precisa-se… assim como fechar as balizas

NACIONAL11.11.202308:02

Algarvios pretendem reagir à pesada derrota em Braga e flavienses responder aos três jogos consecutivos sem vencer; defrontam-se as duas piores defesas do campeonato

Com os dois clubes separados por quatro pontos, o Portimonense, 11.º classificado com 11 pontos, recebe hoje, às 15:30h, o Chaves no Portimão Estádio, depois de uma derrota pesada (6-1) frente ao SC Braga. O resultado interrompeu duas vitórias consecutivas dos algarvios, na Covilhã (4-1), para a Taça de Portugal, e na receção ao Estoril (1-0), para o campeonato, naquela que foi a primeira vitória caseira dos algarvios nesta temporada. Até ao jogo com os estorilistas, em casa os algarvios registavam um empate, com o Estrela da Amadora, e duas derrotas, com Boavista e Benfica.

O Chaves, com sete pontos, ocupa à entrada desta jornada a 17.ª posição - em zona de descida – e não vence há três jogos: empatou a zero com o Canelas 2010 para a Taça de Portugal, sendo depois eliminada nas grandes penalidades, e tem duas derrotas consecutivas no campeonato: em Guimarães (5-0) e com o Benfica (2-0), em Chaves. De resto, a equipa flaviense apenas venceu por duas vezes nesta época: na 7.ª jornada derrotou fora o Arouca e na 8.ª venceu, em casa, o Gil Vicente. Fora de portas, os transmontanos têm-se mostrado débeis, com uma vitória e quatro derrotas e com uma defesa bastante permeável, sofrendo 16 golos, o que resulta numa média de 3,2 consentidos por partida.

O histórico de confrontos entre os dois clubes indica 40 jogos e é equilibrado: o Chaves venceu por 16 vezes e os algarvios 15, com nove empates. No entanto, nos jogos na Primeira Liga, os flavienses destacam-se com nove triunfos, contra quatro dos algarvios, tendo os dois clubes empatado por três vezes. Porém, nos números totais, em Portimão inverte-se a vantagem flaviense: em 20 partidas, o Portimonense venceu onze e o Chaves seis. Nos últimos seis jogos entre ambos, o Portimonense apenas venceu um, o da época passada (1-0) no Portimão Estádio, e o Chaves triunfou em dois dos últimos três jogos no recinto dos algarvios.

Na luta pela sobrevivência, em caso de vitória os algarvios ganham bom avanço (sete pontos) sobre os flavienses, que têm o aliciante de ficar a somente um ponto do seu adversário, em caso de triunfo. Em confronto, vão estar as duas piores defesas do campeonato: o Portimonense com 24 golos sofridos e o Chaves com 28. O jogo será dirigido por David Silva (AF Porto) e terá Cláudio Pereira (AF Aveiro) no VAR.

PORTIMONENSE

A derrota (6-1) em Braga interrompeu a fase positiva dos algarvios e deixou Paulo Sérgio à beira de um ataque de nervos com a prestação dos seus jogadores na 2.ª parte do jogo com os bracarenses – como manifestou no final - em que sofreram seis golos, depois de Pedrão ter colocado a sua equipa em vantagem. Os algarvios marcaram em todos os jogos em casa, embora só tenha vencido um, frente ao Estoril. Hoje contam com o regresso de Dener, fundamental para dar equilíbrio ao miolo e importante nas bolas paradas, situação em que Pedrão também tem estado em destaque nos últimos dois jogos, marcando ao Estoril e ao SC Braga, na sequência de cantos.

Sistema: 3x4x3

Onze provável: Vinícius Silvestre; Pedrão, Alemão e Relvas; Igor Formiga, Dener, Carlinhos e Gonçalo Costa; Jasper, Rildo e Hélio Varela

Lesionados: Kosuke Nakmura e Lucas Ventura

Castigados:

Figura: Carlinhos. Tem sido a principal figura da equipa nesta época e muitas das esperanças dos algarvios para superar os flavienses passam pelo médio de 29 anos, que voltará a ter a companhia do compatriota Dener, que regressa ao onze depois de ter cumprido castigo em Braga, devido a acumulação de cartões amarelos. A influência de Carlinhos na equipa algarvia é visível em cinco golos, repartidos por quatro tiros certeiros – é o melhor marcador dos algarvios - e uma assistência.

Treinador: «Temos mais uma jornada difícil, contra um adversário de valor, que sabemos que nos vai tornar muito difícil a obtenção daquilo que são os nossos intentos. Mas é para isso que nós trabalhamos todas as semanas, para procurar chegar ao fim de semana e somar pontos. E é o que vamos procurar fazer amanh com muito respeito pelo adversário porque a classificação não diz absolutamente nada neste momento. O Chaves tem feito bons jogos sob a batuta do Moreno. Tem um conjunto de movimentações que já identificávamos no V. Guimarães do Moreno. Está bem identificado. É percetível qual é a intenção da equipa do Chaves e nós preparámo-nos para esses detalhes, mas também para procurar feri-los e saber quais os melhores momentos para os ferir. Tal como nas outras semanas, o trabalho de casa está feito e amanhã é preciso pô-lo em prática, porque isto no papel é tudo muito bonito, mas depois é preciso concentração, foco, muita determinação, a atitude certa, as intensidades corretas. Para se competir pelos pontos, tem de ser sempre assim.»

Paulo Sérgio, Portimonense

Chaves

Depois da boa reação dos flavienses com a entrada de Moreno para o comando técnico, os últimos três jogos sem vencer colocaram em causa essa resposta positiva. O Chaves vem de duas derrotas consecutivas no campeonato: à goleada (5-0) sofrida em Guimarães, vendeu cara a derrota ao Benfica na passada jornada, caindo apenas na 2.ª parte. Além de terem a defesa mais batida do campeonato, com 28 golos sofridos, o ataque também está a dar dores de cabeça a Moreno: os flavienses não marcaram qualquer golo nos últimos três jogos, incluindo-se nestes dados o encontro da Taça de Portugal, diante do Canelas 2010. E, para complicar o cenário nesse capítulo da finalização, Moreno não vai contar hoje com o avançado Paulo Víctor, que está castigado devido à acumulação de cartões amarelos. Também o treinador não vai estar no banco no Portimão Estádio, porque foi expulso no jogo com o Benfica.

Sistema: 3x4x3

Onze provável: Hugo Souza; Bruno Rodrigues, Steven Vitória e Ygor Nogueira; João Correia, Ruben Ribeiro, Kelechi Nwakali e Bruno Langa; Abass, Héctor Hernández e Ruben Lameiras

Lesionados: Habib Sylla, Pedro Pinho e Guima

Castigado: Paulo Víctor

Figura: Héctor Hernández. O avançado canário de 28 anos formado no Las Palmas e no Atlético de Madrid, é um daqueles jogadores que pode decidir uma partida. Com remate fácil, já leva sete golos apontados no campeonato, sendo o 2.º melhor marcador da competição, atrás do bracarense Simon Banza, com dez. Soma ainda uma assistência, tendo influência em oito dos 12 golos que os flavienses marcaram na liga, ou seja, em dois terços. E, em 10 jogos, igualou os números da última época, obtidos em 24 partidas.

Treinador: «Sabemos que vamos ter um jogo importante, mas é só importante. Não há jogos de vida ou de morte, muito menos à 11.ª jornada. É importante porque vamos defrontar um adversário que está perto de nós (na tabela classificativa), um campo difícil de se jogar, e diante de uma equipa que tem um treinador muito experiente. O facto de estarmos em lugares desconfortáveis não pode condicionar o nosso rendimento. Responsabilidade nós temos e a mensagem que posso passar é de tranquilidade. Percebemos os lugares desconfortáveis em que estamos, mas se passarmos alguma ansiedade para os nossos atletas isso vai condicionar o rendimento deles. E eu não quero isso. Quero os jogadores soltos, livres, mas com a responsabilidade natural de percebermos o lugar em que estamos e o clube que representamos.»

Moreno, Chaves