Pedro Proença: «Seremos intransigentes na seriedade e credibilidade, doa a quem doer»
Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, discursou depois do jantar das comemorações dos 111 anos da organização, um evento que juntou algumas figuras ilustres e caras bem conhecidas do desporto nacional.
«Um cumprimento muito especial ao meu grande amigo e ex-presidente da FPF, Dr. Gilberto Madail. Caro presidente Dr. Gilberto Madail, o futebol português deve-lhe a devida vénia e há-de chegar o momento em que lhe fará a devida e justa homenagem», começou por dizer.
«Juntamo-nos para celebrar o 111.º aniversário da FPF, a maior instituição desportiva do país. Uma história escrita com caneta de talento, dedicação e de muitos que contribuíram para que essa história existisse. Falo de dirigentes, treinadores, jogadores e árbitros. Muitas pessoas. A história de todas as instituições é feita por pessoas. Ninguém está acima das organizações. Permitam-me que as primeiras palavras vão para aqueles que ajudaram a escrever a história da FPF. Desde o seu primeiro presidente, António Joaquim de Sá e Oliveira, até ao último, Dr. Fernando Gomes. Sem esquecer todos os presidentes», prosseguiu, deixando uma garantia.
«Iremos fazer melhor, faremos mais. Nós não somos a Federação e será sempre esse o espírito. Fazer melhor e fazer mais, em termos desportivos, mas não só. O nosso dever é fazer melhor e mais, mas lutaremos por princípios e valores que não têm preço. Seremos intransigentes na seriedade de procedimentos, inflexíveis na luta de credibilidade desta instituição, irredutíveis na transparência e integridade da gestão de uma organização como a FPF. Doa a quem doer, mesmo que não queira. Há escolhas que esta missão nos obriga a fazer e ninguém manda na Federação. A FPF não é de ninguém», acrescentou.
«Com novo fulgor e orientação sem desvios, conseguiremos uma FPF mais transparente, mais credível, mais escrutinável, mais auditável e permitam que sejamos nós a escolher o nosso presente, o nosso futuro. Temos o direito e o dever de fazer desta FPF uma entidade que fará da transparência uma bandeira. Uma entidade que construa um legado, que não é meu, que não é de ninguém, que é vosso, que continua em herança de respeito e de bom nome. Comprometo-me perante vós. Vamos fazê-lo unidos, construir uma FPF mais inclusiva e capaz de unir o futebol, lutaremos juntos por uma FPF capaz de criar e distribuir mais riqueza. Batalharemos juntos por uma FPF capaz de cumprir a sua missão social, devolvendo à comunidade aquilo que a comunidade lhe dá. Olhando acima do nosso umbigo, porque a Federação não é nossa. Temos o direito de escrever o nosso futuro e escolher como construí-lo», completou.