Patão: «É o jogo mais importante do Benfica agora, a seguir a este objetivo teremos mais»

Treinadora do Benfica está consciente da importância do jogo desta quinta-feira frente ao Rosengard (17h45), mas reforça que uma inédita qualificação aos quartos de final será apenas mais uma etapa no crescimento da equipa

Joga-se por um lugar na história. Este é o sentimento vivido pela equipa do Benfica na véspera do decisivo jogo desta quinta-feira, às 17h45, contra o Rosengard, que pode assegurar o inédito apuramento aos quartos de final da Liga dos Campeões. 

Para se qualificar para a próxima fase, a equipa encarnada precisa de pontuar na deslocação ao terreno do último classificado do seu grupo, ficando, desta forma, a depender de si para poder assegurar o segundo lugar. Caso se verifique o pior dos cenários, ou seja, a derrota das comandadas de Filipa Patão diante do Rosengard, a hipótese de qualificação ainda pode ser uma realidade, mas para isso o Eintracht Frankfurt tem de perder fora com o FC Barcelona, atual líder do grupo. Isto porque as águias têm vantagem no confronto direto, fruto da vitória (1-0) em Lisboa e do empate (1-1), na Alemanha. 

Na antevisão da partida, Filipa Patão mostrou-se cautelosa em relação ao jogo desta quinta-feira e descartou o fator emotivo que poderá estar associado à qualificação. 

«Trabalhámos para este momento, acreditámos que era possível com o grupo de trabalho que temos e com o projeto que o Benfica tem. Desde a pré-época que nos convencemos que, para melhorarmos como equipa, este tipo de cenários serão uma realidade mais cedo ou mais tarde, pois temos lutado muito nos últimos anos. Estar nos quartos de final é mais uma etapa do nosso percurso, não é o fim, e as jogadoras sabem disso. Vamos continuar a afirmar-nos a nível europeu e é nisso que vamos trabalhar», começou por dizer a treinadora, que desvalorizou a mudança na equipa técnica no conjunto sueco: «Tivemos uma adversária em novembro e vamos ter outra agora. Tudo pode ser diferente, apenas sabemos que elas irão jogar, diante de nós, com um sistema de três centrais. A partir daí, tudo pode ser diferente do que apresentaram nos outros jogos europeus, seja a abordagem ao jogo ou os processos, tudo será uma incógnita até ao início do jogo, mas o importante da questão é a forma como a nossa equipa é preparada e eu acredito que o nosso trabalho está a ser bem feito.»

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Questionada sobre a inexperiência que a equipa tem em contexto europeu, a treinadora do Benfica centrou que o jogo mais importante é o de agora: «É o jogo mais importante do Benfica agora, a seguir a este objetivo teremos mais. É o que nos diferencia: não colocarmos limites. Quisemos ir, primeiro de tudo, a uma fase de grupos da Champions, foi inédito e histórico, mas quisemos mais e agora estamos próximas dos quartos de final. Sempre que acharmos que é o jogo da nossa vida, amanhã teremos outro e depois de amanhã outro. É este pensamento que a equipa tem tido ao longo dos anos e que nos tem feito crescer e dar mais passos rumo ao objetivo que este clube tem, que é fazer história.»

Além da ausência de Kika Nazareth, que se encontra a recuperar de uma entorse no tornozelo esquerdo, o conjunto encarnado não poderá contar com Lúcia Alves, que se encontra suspensa depois de ter visto o 3.º cartão amarelo na jornada passada. Sobre esta questão, Filipa Patão destacou a capacidade das jogadoras em dar resposta às possíveis adversidades.

«As jogadoras estão preparadas para dar uma resposta. São baixas de jogadoras que acrescentam, mas este coletivo tem demostrado capacidade. Somos um conjunto, mas como costumo dizer, o azar de uns é a sorte de outras, e de certeza vão aparecer jogadoras para assumir o momento», sublinhou. 

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Christy Ucheibe foi a jogadora presente na conferência de imprensa e deixou uma garantia para o jogo em Malmo: «Não podemos esperar menos que a vitória. Estamos preparadas. É muito importante um feito destes para o Benfica, mas, também, para mim. O Rosengard é uma equipa competitiva, mas garanto que vamos dar o máximo. Amanhã iremos deixar os benfiquistas orgulhosos.»