Rúben Amorim sobre a possível saída para o Manchester United a meio da época
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O que está a atrasar a saída de Rúben Amorim para o Man. United

Notícia a dar conta da ida para o Man. United cai mal no balneário. Treinador quer sair, mas Frederico Varandas subiu exigências financeiras aos ingleses: SAD quer acrescentar aos €10 M da cláusula mais €5 M para os adjuntos e negociar para abdicar de período de 30 dias em que pode 'prender' o treinador

Rúben Amorim não o admite publicamente, como se viu e ouviu na conferência de imprensa no final do jogo com o Nacional, dos quartos de final da Taça da Liga que os leões venceram por 3-1, mas tem a certeza de que quer ser o sucessor de Erik ten Hag no Manchester United. Porém, nesta altura, a conclusão mais célere do processo está a ser bloqueada pela administração de Frederico Varandas, depois de o presidente dos leões ter batido o pé e subido as exigências. Junto dos jogadores, os recentes desenvolvimentos também não os deixam tranquilos, tendo mesmo confrontado o treinador com a saída iminente.

Ao que A BOLA apurou, além dos 10 milhões de euros da cláusula de rescisão do treinador, válida para clubes de topo do futebol europeu — para outros emblemas estrangeiros é de 20 milhões e para emblemas nacionais de 30 —, tal como anunciámos ontem, Varandas quer mais 5 milhões de euros para que a restante equipa técnica possa rescindir e assim rumar também a Old Trafford. E além deste valor pelos adjuntos, exige ainda um outro para que a mudança para Inglaterra possa acontecer de imediato.

O Manchester United quer Rúben Amorim o quanto antes a orientar a equipa nos treinos e no banco. Gostava até que o técnico português de 39 anos já estivesse no domingo em plenas funções, no jogo com o Chelsea, mas o Sporting, contratualmente, tem 30 dias para libertar o treinador, mesmo com o clube comprador a bater o valor da cláusula. E é para abdicar desse período que os verdes e brancos estão a negociar. Ou seja, aos 10 milhões da cláusula e aos 5 milhões dos adjuntos podem ainda receber mais alguns milhões tendo em conta a pressa dos red devils, que já têm emissários em Portugal para ultimar o negócio.

Antes do comunicado à CMVM, Rúben Amorim falou com os jogadores do Sporting
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Por outro lado, como Rúben Amorim revelou, houve no treino de ontem de manhã, dia do jogo com os madeirenses, o abordar do tema e segundo contam a A BOLA alguns jogadores confrontaram o treinador com a saída iminente. Notícia com a qual foram surpreendidos e que de certa forma os levou a ficarem agastados, até por Amorim ter no passado recente agarrado muitos deles, também cobiçados, convencidos com o projeto que tinha para o Sporting.

Neste sentido, o nome de João Pereira, como substituto, começa a ser visto com boa cara pelos jogadores, prontos a colocar tudo em campo com uma nova equipa técnica que cada vez mais se prepara para assumir as novas funções e até surgem já nomes como possíveis reforços para a estrutura do ainda treinador da equipa B, como Luís Neto, central que deixou Alvalade no final da última época.

O COMUNICADO

O certo é que o  Sporting entrou em choque ao final da tarde de segunda-feira quando se percebeu que Rúben Amorim estava a um passo do Manchester United. E aquilo que os sportinguistas consideravam o pior cenário foi confirmado pela administração leonina ontem à tarde.

«O Manchester United manifestou interesse em contratar o treinador Rúben Amorim, tendo o Conselho de Administração da Sporting SAD remetido para os termos e condições previstos no contrato de trabalho em vigor entre a sociedade e o treinador, em concreto para a respectiva cláusula de rescisão e para o valor de €10 milhões; o Manchester United manifestou interesse em pagar à Sporting SAD o valor da referida cláusula», anunciou a SAD leonina à CMVM.

Desfeita esta dúvida, após uma vitória inquestionável, num ambiente ainda assim mais frio que o habitual, era imperioso ouvir o treinador e Rúben Amorim foi bombardeado com perguntas sobre o tema. Porém, questionado no final do jogo com  o Nacional, até por jornalista propositadamente vindos de Inglaterra, sobre eventual presença já no jogo com o Chelsea, foi pragmático, dizendo que, nesse dia, ainda será treinador do Sporting e que hoje estará no treino. 

Logo depois do final do encontro frente ao Nacional, treinador do Sporting abandonou o relvado, naquele que pode ter sido o último jogo ao comando dos leões
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— Que análise faz ao interesse do Manchester United?

— Houve comunicado do clube e isso é a única coisa que há neste momento. Há o interesse do Manchester United, há o pagamento de uma cláusula e, depois, quando tiver algo mais concreto, irei chegar aqui e assumir, porque passa sempre por ser uma escolha minha. Enquanto não tiver tudo decidido, para um lado ou para o outro, não vale a pena dizer nada, apenas vai criar ruído.

— Pedia-lhe para que explicasse a questão da cláusula de €10 milhões para clubes de dimensão mundial. Foi pedida por si?

— Não vou estar a falar do meu contrato, isso é entre mim e o Sporting. Não vou estar a esmiuçar. Todas as cláusulas são do lado do treinador e do Sporting. Está tudo no comunicado.

Rúben Amorim recorda que saída para o Manchester United é «escolha» dele
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— Disse há pouco tempo que estava numa posição invejável. Tudo isto não é estranho para quem tem tanta estabilidade?

— Não, a estabilidade não é tudo na vida. Em relação às palavras que disse, nenhuma das minhas palavras anteriores impedem que aconteça alguma coisa, a qualquer momento, no mundo do futebol. A única vez que eu faltei àquilo que disse foi no dia do avião. De resto, tenho máxima estabilidade, sou muito feliz aqui, gosto muito do meu staff. E uma coisa não impede a outra. Portanto, vamos ver o que acontece no futuro. Houve um clube que mostrou interesse. O que controlo é a decisão que há daqui para a frente. E cá estarei para dizer o que quero fazer e como se vai fazer. Neste momento, não há decisão tomada.

— Consegue prometer que vai estar no banco frente ao Estrela?

— Não posso dizer mais nada do que isto. Há uma intenção do clube. Está em conversações com o Sporting. Depois, vai ser também uma decisão minha. Hoje não consigo dizer mais. Amanhã, vou estar no treino. Vou preparar o jogo com o Estrela da Amadora e esse é o meu foco.

— Falou com o plantel?

— Antes das bolas paradas, houve um tirar o elefante da sala. Antes do comunicado sair, expliquei aos jogadores o que se estava a passar. Neste momento não se passa mais nada que isso.

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— Pode dar esperanças aos adeptos sobre não sair?

— É óbvio que estão revoltados. Têm muito carinho por mim. Acreditam muito no meu trabalho. Mas sabemos como é o futebol. Agora não consigo dizer nada definitivo. Se tiver a oportunidade, e de certeza que vou ter, vou explicar aqui, tintim por tintim, porque é que decidi uma coisa ou outra. Eu não quero dar esperança a ninguém, nem deixar de dar esperança.

— Os jogadores não lhe pediram para ficar?

— Não precisam de fazer pedidos nenhuns. Eu sei o que é que os jogadores querem. Sei o que os jogadores sentem. Agora, é preparar-me para trabalhar.

— Não haverá nada a fazer para continuar?

— Eu quero que o Sporting, nós todos, sejamos bicampeões. Surgiu esta situação. Querer isso não mudou. E vou explicar todas as decisões no fim, aconteça o que acontecer.

— O Manchester United não falou consigo antes de pagar a cláusula? Quer ou não quer ir?

— Isso são coisas minhas. Se eu quero ir ou não, é essa a decisão que nós estamos aqui a falar. Os jogadores? Sem dúvida que, se eu sair, vão ficar desapontados comigo. E tristes comigo. Mas faz parte da vida. Aconteceu isso em Braga. Quando eu vim de Braga, da estabilidade do Braga para aqui, aconteceu um bocado isso. E eles ficaram um bocado desapontados. Porque eles acreditavam muito que nós estávamos a construir alguma coisa especial. Mas depois acontecem coisas que mudam a vida das pessoas. É uma situação difícil. Eu não consigo dar mais que isso. Não lhe vou dizer se quero ir ou não. É das poucas coisas que ainda falta. Percebo que os jogadores estejam até desapontados. Tristes. Mas eu tenho que viver com isso.

Jornalista da Sky Sports marcou presença na conferência em Alvalade e o treinador dos leões garantiu que não vai estar no banco no duelo com o Chelsea, no domingo
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— Não sente que jogadores, como o Gyokeres, que disseram que ficavam por causa do treinador, podem ficar chateados?

— Primeiro, nenhum jogador teve a oferta da cláusula. E isso não muda. Mais estabilidade que isso, não há. É fácil dizer, só sai daqui alguém pela cláusula. Depois, quem disse isso não foi o Viktor. Foi o empresário do Viktor. São pessoas diferentes. Não vou estar a falar da decisão ou não decisão. Eu vou explicar tudo.

— Sente que está a ir para um clube de demasiada instabilidade?

— Quando tiver algo para dizer, terei tempo de responder.

— Estará no túnel de acesso a Old Trafford no domingo?

— Eu estarei aqui.

Definitivamente?

—  Isso não sei. Eu vou explicar tudo.