O adepto que não pode ser 'subestimado', Samu, V. Guimarães e Martim Fernandes: tudo o que disse Martín Anselmi

NACIONAL23.02.202514:39

Treinador do FC Porto fez a antevisão do jogo com o V. Guimarães, agendado para amanhã, às 20h15, no Estádio do Dragão

— O FC Porto está de regresso ao Estádio do Dragão. V. Guimarães vive um período de alguma irregularidade, mas o que pensa desta equipa, que tem duas caras, uma na Liga Conferência e outra no campeonato?

— A verdade é que mesmo jogando numa segunda-feira vamos ter o estádio cheio e tínhamos muita expectativa para regressarmos a casa. O adversário é um clube muito importante no futebol português, que também está na Liga Conferência. Vai ser um jogo muito difícil, não tenho dúvidas, mas é muito importante para nós regressar ao nosso estádio.

— Já disse que o FC Porto se apresenta em campo consoante o adversário. A introdução do novo sistema com três centrais requer tempo de adaptação e, nesse sentido, como foi difícil preparar este jogo com o V. Guimarães?

— Se não me equivoco, creio que o treinador adversário tem cinco jogos com a equipa. Vem de três partidas sem sofrer golos e sem perder, obviamente. Creio que já conseguimos ver a forma padrão como esta equipa joga. Tem formas diferentes de abordar o jogo, pressionam mais alto, mas também conseguem jogar mais baixo. Tentam ter a posse de bola. Mas sim, acho que estes cinco jogos permitiram-nos preparar bem o jogo.

— Considera que os resultados até fim da temporada serão decisivos para a forma como os adeptos olham para o treinador?

— Creio que há que entender que o futebol são resultados. Creio que não podemos subestimar o portista. Com essa pergunta entendo que subestimamos o adepto portista, que vai encher o estádio. Há contextos completamente distintos. Somos Porto, temos claro o que podemos fazer em cada jogo: ganhar. Como disse, os resultados são o que acabam por falar em qualquer situação. Mas também temos claro qual o caminho a seguir e que FC Porto queremos construir. Competimos jogo após jogo e fizemos isso em todos os jogos. Fomos sempre competitivos. Temos claro que FC Porto queremos construir, entendemos o caminho, isso constrói-se com tempo. O adepto do FC Porto sabe isso e sabe para onde vamos, por isso vão encher o estádio amanhã. Entendemos a obrigação de ganhar e sabermos para onde ir.

— Já ouviu as declarações do Samu, como sente o jogador depois de falar consigo? E que lhe comentários lhe merecem as afirmações que fez?

— Vamos encontrar-nos até ao final, eu e todos vocês. E vão encontrar um treinador, um líder do grupo, que muito pouco falará sobre o que passa dentro das nossas portas, no balneário. Somos uma grande família, todos. E creio que, tal como em qualquer família, os assuntos resolvem-se dentro de casa. Vou defender sempre os meus jogadores. Depois, dentro de portas falaremos do que teremos que falar. No final dos jogos, como aconteceu em Roma, há sempre reações positivas e negativas e o grande desafio será sempre esse: controlar as emoções em qualquer situação das nossas vidas. Temos de aprender a controlá-las para sermos melhores. Nesse sentido, estou seguro de que o Samu vai aprender a controlar as suas emoções. É um grande profissional, um grande futebolista e um grande companheiro. O que tínhamos a fazer sobre esse assunto já o fizemos e já ultrapassámos essa página.

— Normalmente, o FC Porto costuma estar envolvido em mais competições. Neste momento, só tem o campeonato. Como motiva os jogadores para o que falta jogar até ao final? Sobre Martim Fernandes, quando podemos esperar pelo seu regresso à competição?

— Custa-me imaginar uma resposta que não seja que para vestir as cores deste clube, não precisámos de competições. Se há um jogo, há um jogo. Se são dois, são dois e se são três, são três. É um privilégio ser deste clube, que temos que defender. Quando [os jogadores] entram com o carro cá dentro, têm que saber que estão a representar esta camisola, estar focados e motivados. Não importa a competência e contra quem jogamos. Obviamente que queríamos estar em mais competições. Como costumo dizer, a partir do momento em que eles entram com o carro aqui dentro [das instalações do clube] que têm de saber que estão a representar um clube em que têm de estar sempre motivados e focados, independentemente do adversário ou da competição que jogas. Claro que queremos estar em mais provas. Martim Fernandes? Vamos vê-lo na próxima semana.

— Como estão os jogadores? Motivados? É o primeiro jogo no Dragão depois da morte de Pinto da Costa. Tem dúvidas sobre algum jogador que não possa estar no jogo?

-- Estão todos aptos para jogar este jogo, à exceção do Martim e dos lesionados. Sobre o jogo de amanhã em casa, é importante sermos competitivos. Muito importante. Gosto de ganhar, mais do que ninguém. E às vezes, com um resultado positivo, sinto que nos falta ainda algo. Amanhã quero ver um FC Porto que pressione alto, que recupere a bola rápido e concentrado durante todo o jogo. É isso que eu quero ver amanhã. Mais do que qualquer resultado, isso não pode faltar à equipa.

— SC Braga venceu e ultrapassou o FC Porto na tabela. É uma pressão acrescida para a equipa?

— Não! Para mim, é-me igual o que os outros fazem ou não. As nossas obrigações continuam a ser as mesmas. Se não o tivesse feito, aí sim, teríamos mais pressão porque teríamos de aproveitar para nos afastarmos. É igual.

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