Nápoles dá murro na mesa: «Não vamos continuar a aderir a iniciativas de fachada contra o racismo»
Juan Jesus ao serviço do Nápoles (IMAGO / Nicolo Campo)

Nápoles dá murro na mesa: «Não vamos continuar a aderir a iniciativas de fachada contra o racismo»

INTERNACIONAL26.03.202419:14

Atual campeão italiano reagiu com insatisfação ao facto de Acerbi não ter sido suspenso por racismo contra Juan Jesus

É uma das notícias do dia em Itália, por decisão do juiz desportivo da Serie A. Acerbi não será suspenso por não haver provas suficientes para confirmar que o italiano dirigiu insultos de cariz racista a Juan Jesus, na partida entre Inter e Nápoles a contar para a Serie A.

A ilibação de Francesco Acerbi não foi, de todo, bem recebida pelo Nápoles que, esta terça-feira, emitiu um comunicado onde expressava a sua profunda insatisfação com o desfecho do caso que envolve o seu jogador.

«O Sr. Acerbi não foi sancionado. Neste momento, o culpado deveria ser, por "justiça" desportiva, Juan Jesus, que alegadamente acusou injustamente um colega. Não é razoável pensar que ele tenha entendido mal. O princípio da maior probabilidade de um acontecimento, amplamente visível na dinâmica dos factos e nas suas desculpas em campo, que na justiça desportiva é tido em conta, desaparece nesta decisão. Continuamos estupefactos», escreveram os azzurri.

O clube continuou o comunicado dirigindo algumas questões aos responsáveis pelo julgamento do caso: «Se o que se passou em campo, diz a sentença, 'é certamente compatível com a expressão de insultos dirigidos pelo jogador do Inter, e não repudiados no seu conteúdo ofensivo e ameaçador pelo mesmo', porque não aplicar qualquer sanção a este último? Por que razão, então, como diz ainda o acórdão, 'uma vez que a prova da infração foi certamente feita', a 'justiça' desportiva não tomou qualquer decisão a este respeito para punir o infrator?».

Os azzurri concluiram com a nota de que não voltarão a participar nas iniciativas contra o racismo promovidas pela Liga Italiana: «O Nápoles não vai continuar a aderir a iniciativas de fachada das instituições do futebol contra o racismo e a discriminação, vamos continuar a fazê-las por nós próprios, como sempre fizemos, com renovada convicção e determinação».

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