Muller despede-se do Bayern: «Vou precisar de tempo para processar tudo...»
Terminou a aventura de Thomas Muller no Bayern. A derrota com o PSG (0-2) no Mundial de Clubes foi o último de 757 jogos que fez pelos bávaros, sendo que entrou apenas aos 80 minutos, já após o primeiro golo sofrido.
«Uma derrota como esta é sempre difícil. O jogo teve de tudo e ambas as equipas tiveram um excelente desempenho. Dificultámos muito a vida ao PSG. No final, porém, eles tiveram algumas oportunidades excelentes», começou por dizer, no final da partida, afirmando que o resultado foi injusto, apesar de tudo.
«Pessoalmente, sempre tive a sensação de que estávamos perto [de empatar], mas sempre faltou um pouco. O jogo teve uma fase final muito agitada, também com os cartões vermelhos, onde o jogo ficou um pouco injusto. Como já disse muitas vezes, não se pode comprar nada apenas com um bom desempenho», disse, explicando o último lance do jogo, em que conquistou uma grande penalidade num duelo com Nuno Mendes, mas que foi depois revertida pelo VAR.
«Bem, não fui atingido no rosto, mas houve contacto. Poderia ou deveria ter sido um livre indireto nessas circunstâncias. Mas mesmo o penálti provavelmente não teria mudado nada, porque não tínhamos mais tempo», atirou, lembrando que eram necessários dois golos para levar o jogo para prolongamento e lamentando a lesão grave de Musiala.
«Não soube qual foi exatamente a lesão, mas coisas assim são sempre muito difíceis. Nós [os colegas de equipa] tentamos concentrar-nos no jogo, mas as imagens ficam na nossa cabeça. No final das contas, nós, jogadores, não somos robôs, temos relações pessoais uns com os outros. Desejo-lhe uma boa recuperação, é extremamente amargo para ele, pois acabou de voltar de outra lesão», referiu, dando ainda a entender que não sabe bem qual é o seu próximo passo.
«Normalmente, teria de processar a derrota de hoje e é isso que vou fazer. O procedimento habitual seria voltar para o hotel da equipa e concentrar-me no próximo desafio, mas vou voltar para fazer as malas e partir. Vou precisar de tempo para processar tudo! É uma sensação muito estranha, para ser sincero», finalizou.