Sporting-Arouca, 2-2 Lesões, entrega e Dortmund: tudo o que disse Rui Borges

Conferência de imprensa do treinador do Sporting, após o empate com o Arouca, que deixou o Benfica a dois pontos dos leões

- O que é que foi mais difícil para a equipa do Sporting frente ao Arouca?

- Foi muita coisa. Foi um jogo muito impróprio em todos os sentidos. É o autogolo, lesões, expulsão, penálti... foram muitas situações que mudaram muito o que seria o decorrer do jogo. Fomos lutando contra elas. É valorizar o esforço e ambição que o grupo teve, mesmo com 10, de ir atrás da vitória, num jogo que podia ter dado para qualquer lado nos últimos 30 minutos. Um jogo difícil, onde tudo nos aconteceu, mas faz parte, continuamos em 1.º e temos de nos agarrar a isso e fazer tudo para ganharmos o próximo jogo e continuarmos a ser primeiros.

- O que é que retira de positivo desta exibição?

- A entrega do grupo. Principalmente depois da expulsão. A equipa acabou de rastos, não viraram a cara à luta, nunca baixámos os braços. Eles foram combatendo o Arouca e chegámos ao empate. Por tudo o que nos aconteceu ao longo do jogo e pela capacidade que os jogadores tiveram para lutarem contra isso tudo, mereciam sair daqui com os 3 pontos.

- A imagem do Sporting que fica hoje é triste. Como é que se dá a volta a isto?

- É trabalhar e seguir. Eu estou muito confiante e motivado. Temos de nos agarrar ao facto de sermos primeiros, perante todas as contrariedades que nos têm acontecido e os adeptos têm de se agarrar a nós e serem importantes. Mesmo com 10, continuaram a acreditar que podíamos dar a volta ao resultado e foram importantes nesse momento.

- O Sporting perde dois pontos e sofre duas lesões nos primeiros 15 minutos. O que é que se pode fazer para dar a volta por cima, numa equipa que fisicamente está de rastos?

15 fevereiro 2025, 23:27

Bragança com suspeita de rotura no joelho

Médio pode ter lesão grave no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. A confirmar-se, paragem pode chegar a 8 meses. St. Juste também lesionado

- As lesões são algo que não controlo. O Daniel Bragança tem ago mais delicado, tem a ver com uma rotação do joelho. O St. Juste, é o normal dele... penso que é muscular. Não posso fazer nada. É triste, porque a lesão do Dani principalmente, pode ser mais delicada. De resto, é lutar contra as contrariedades e hoje eles lutaram. Temos mais dois pontos e continuamos à frente do campeonato e agarro-me muito a isso, se me agarrar a tudo de mal que nos acontece, aí é que não vamos conseguir nada.

- Pensa em entregar a eliminatória com o Dortmund, tendo estas lesões e desgaste físico?

-Vamos lutar pelo jogo. Só a viagem não ajuda, quanto mais o jogo, mas não vamos entregar nada. Queremos ganhar o jogo. É difícil também fazer muitas mudanças porque as lesões nos tiram opções. Hoje o Quenda, o Maxi Araújo, o Gonçalo Inácio e o Francisco Trincão acabaram o jogo de rastos. Temos de arranjar formas de minimizar isso. Não entregámos a eliminatória, vai ser um jogo muito difícil, mas vamos lutar pela vitória, sem dúvidas, dentro da estratégia que vamos pensar.

- Podemos voltar a ver Harder e Gyokeres a jogarem juntos no futuro?

- Foi algo de recurso. São dois jogadores de velocidade, potência, no futuro poderá acontecer nesse sentido, dentro de algumas dinâmicas que possamos criar. Temos de nos moldar às opções que temos, não fugindo da nossa ideia de jogo. É aproveitar algumas características deles e tentarmos ao máximo sermos competitivos.

- Que comentários faz ao rendimento de Biel? E em relação a Nuno Santos, como é que ele se sente?

15 fevereiro 2025, 16:42

Sporting: «Não é uma fase muito boa para mim», desabafa Nuno Santos

Ala esquerdo dos leões celebrou 30 anos. Está parado por lesão há quase quatro meses e pode voltar à competição apenas na próxima temporada

-O Nuno é um jogador muito importante diariamente. Já teve várias lesões graves e todos os dias tem um sorriso na cara para todos, uma palavra de confiança, um abraço, é um líder interno e tem de servir de exemplo para todos nós, dentro da estrutura, pela sua resiliência. Sobre o Biel, não vou analisar o que ele fez em 10 minutos. É um miúdo que precisa de alguma adaptação, precisamos dele também porque o Geny está de fora. Ele tem tido a capacidade de se adaptar, hoje teve a oportunidade de fazer um golo. É mais um que temos para nos ajudar.

- Sentiu a equipa intranquila desde o início do jogo, depois por causa do autogolo, de erros que teve na saída de bola e pelas oportunidades que concedeu na 2.ª parte ao Arouca?

-Só ficámos intranquilos após o autogolo. Entrámos muito bem na 2.ª parte, onde, com 10 jogadores, o Arouca teve algumas situações perigosas. Era o risco que criámos. Na 2.ª parte, os jogadores foram muito corajosos, foram magníficos na entrega ao jogo. Estivemos intranquilos devido ao autogolo, perdemos algumas bolas desnecessárias na etapa de construção. De resto não estivemos intranquilos. Na 2.ª parte estávamos com 10, a correr atrás do jogo, podíamos ter feito o golo, eles também. Foi um jogo que podia ter caído para qualquer lado, sobretudo nos últimos 15 minutos.

- Estava à espera de uma afirmação tao rápida de João Simões, que hoje segurou o meio-campo do Sporting?

-É um miúdo maduro que hoje saiu de rastos e foi por isso que foi substituído. Lutou sozinho contra um meio-campo de três homens do Arouca. Foi enorme, para um puto de 18 anos. Já disse que não tenho dúvidas que será um líder natural, por tudo aquilo que é enquanto jogador e pessoa.

- Voltando às lesões de St. Juste e de Daniel Bragança, na flash-interview disse que houve uma falha de comunicação com o St. Juste, foi algo que o jogador não comunicou? E agora como é que tenta motivar os dois jogadores?

-É difícil, porque acredito que o Dani terá algo mais delicado. Deixa-me triste ppr ele e porque é mais uma solução que perdemos a longo prazo. O St. Juste tem tido vários problemas musculares. Ele antes de ser substituído... um profissional de futebol tem de dizer se está bem ou se está mal e devia ter dito isso mesmo mais cedo, porque não o fez e tem de ter essa responsabilidade. Claro que eu assumo a responsabilidade de os pôr a jogar, mas um atleta tem de assumir de, se não está bem, comunicar rapidamente que não está bem. Ele devia tê-lo feito e não o fez. Acredito que queria ajudar a equipa dentro da limitação que tinha, é mais um para recuperar.

- Peço-lhe um comentário à morte de Pinto da Costa.

15 fevereiro 2025, 23:13

Rui Borges reage à morte de Pinto da Costa

Treinador do Sporting envia condolências à família do ex-presidente do FC Porto

-É de lamentar. Dou as condolências à família o Sr. Pinto da Costa. É uma pessoa marcante do futebol português.