José Mourinho, treinador do Fenerbahçe
José Mourinho, treinador do Fenerbahçe

José Mourinho recorda Diogo Jota recorrendo a Rui Filipe

Treinador lembrou o jogador do FC Porto que morreu em 1994 num acidente de viação

José Mourinho voltou a comentar a morte de Diogo Jota, deixando vários elogios ao jogador e, sobretudo, à pessoa que o internacional português era.

«Quando as pessoas deixam este mundo, normalmente dizemos que era uma pessoa muito boa. O Diogo era realmente uma pessoa muito boa. Ele tinha o mesmo agente que eu, ele tinha minha estrutura, então, claro, eu conhecia muito sobre ele. E as pessoas em Liverpool sabem que eu estou a dizer a verdade», disse aos microfones da Sky Sports, em Silverstone, onde assistiu esta sexta-feira aos treinos livres para o Grande Prémio de Fórmula 1.

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«Quando era uma criança, nada foi fácil para ele, teve de lutar para chegar onde chegou. Ele não era desta geração que procurava o protagonismo. O protagonismo é que o encontrou por causa do talento. E a história é algo realmente de loucos... Três filhos que ficam sem um pai, uma jovem mulher sem o seu marido, os pais perderem os dois filhos. É de loucos, é difícil de entender. Talvez um dia entenderemos, mas não agora, claro que não.»

Mourinho recordou depois uma situação infelizmente semelhante, pela qual passou no início da época 1994/95.

«Aconteceu comigo há muitos anos, quando trabalhava com o Sr. Bobby Robson no FC Porto. Um dos nossos jogadores, também um rapaz amado, morreu num acidente de carro. E ao invés dos jogadores sofrerem sozinhos, era como se o grupo sofresse junto e tentasse lutar pela sua memória. Era um miúdo chamado Rui Filipe. E nós fomos campeões, eu acho, por ele.»

Rui Filipe representando o FC Porto frente ao Benfica em 1994. Viria a morrer a 26 de agosto do mesmo ano (Foto: ASF)

Mourinho concluiu assim a sua intervenção: «Então eu acho que em Liverpool eles vão sofrer juntos, incluindo os fãs. Eu acho que o clube também é um fantástico clube. Acho que eles já decidiram, ou estão a decidir, retirar a camisa número 20. Então eu acho que ele sempre estará em campo, sempre será parte da família. E talvez percam um jogador, mas talvez eles ganhem mais alma do que aquela que já têm.»

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