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«Implorei ao agente de Adu para não assinar com o Benfica»
Com apenas 14 anos, Freddy Adu tornou-se no marcador mais novo de sempre da seleção dos Estados Unidos e o jogador mais bem pago da liga de futebol norte-americana (MLS), quando estava no DC United. Enfrentou depois problemas no seu desenvolvimento enquanto jogador e aos 18 anos mudou-se para o Benfica.
Na altura, Adu já jogava no Real Salt Lake (onde não se afirmara), e depois de um Mundial de sub-20, em 2007, o Benfica decidiu pagar 1,5 milhões de euros pelo passe do jovem talento.
No entanto, essa acabaria por ser uma má transferência para o jogador (e para o clube), como afirma Thomas Rongen, então treinador da seleção sub-20 dos EUA, ao The Guardian: «No aeroporto, depois do Campeonato do Mundo de 2007, implorei ao agente dele para não assinar com o Benfica.»
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«Eu sabia que era um passo demasiado grande para um jogador tão jovem. E a decisão acabou por ser errada. Ele foi emprestado seis vezes num período de quatro anos», explicou Rongen.
Adu passou por empréstimos ao Mónaco e ao Belenenses, começando então uma espiral descendente na carreira. No total, jogaria em 13 clubes, espalhados por nove países, ao longo de 14 anos.
On this day in 2015, Freddy Adu signed for KuPS. That went well. pic.twitter.com/99jFv0Kb2m
— Finnish Football Show 🇫🇮⚽️ (@FinnishFtblShow) March 28, 2020
Rongen recorda, com pena, o potencial que Adu tinha: «Era muito imprevisível e, para um jogador norte-americano, nunca tínhamos visto nada assim. Aos 14, 15 anos, domina jogadores e equipas do seu escalão etário, a nível nacional e internacional. Fazia assistências e marcava golos com facilidade.
O jogador passou ainda pelos brasileiros do Bahia e acabaria a carreira em 2021, após dois anos sem clube, no Osterlen FF, da 3.ª divisão sueca.
«Depois de todas essas experiências, ele nunca mais foi o mesmo Freddy feliz. Ele estava cansado, dizia que queria voltar ao mais alto nível e queria fazer isso. Mas simplesmente não sabia como. Acho que ele perdeu a paixão e a alegria pelo seu primeiro amor, o jogo de futebol», concluiu Rongen.
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