Treinador do Vitória recusou a ideia de um eventual cansaço na visita ao Bessa depois do jogo com o Betis, alertou para a dificuldade de jogar com o Boavista, deixou elogios aos seus jogadores e enalteceu a profundidade do plantel
O treinador do Vitória de Guimarães, Luís Freire, destacou a necessidade de ganhar no Bessa para manter intactas as aspirações de chegar ao quinto lugar.
«Temos de estar todos ligados. Temos opções de qualidade e jogadores de qualidade. Queremos estar a top como estivemos com o Casa Pia e com o Betis. O adversário que está no quinto lugar [ndr: Santa Clara] perdeu no Bessa no último jogo. Para recuperar terreno, temos de ganhar onde eles não ganharam. É um desafio também grande, procurar duas vitórias seguidas. Queremos provar tanto no campeonato como na Conference League que estamos com mentalidade ganhadora. Vejo todos com vontade de ajudar a equipa», começou por dizer, em conferência de imprensa.
Autor de um dos golos do Vitória no empate com o Betis, médio abordou a prestação individual este ano, antecipou a segunda mão da eliminatória e a visita ao Bessa
Apesar de ter jogado em Sevilha na passada quinta-feira, o técnico dos vitorianos frisou que o grupo «está na máxima força» para ganhar no terreno do Boavista e recusou a ideia que o cansaço vai interferir no desempenho da equipa.
«Já estávamos a programar e a planear esta fase. O desafio é sermos cada vez mais fortes em campo. Temos dois objetivos claros em cima da mesa. Está tudo em aberto na Conference League, queremos ganhar e temos de ganhar também amanhã [domingo]. É o que as grandes equipas fazem, preparam-se para estes ciclos e para esta mentalidade. O grupo está preparado para isso. Já há algum tempo que temos toda a gente alinhada para esta fase. Estamos todos na máxima força para ir ao Bessa com a máxima energia para ganhar o jogo», assegurou.
Pedro Mota ia ser auxiliar no duelo entre bracarenses e dragões, mas passa para assistente de VAR do jogo no Estádio do Bessa
Axadrezados, que não perdem no Bessa frente aos conquistadores há mais de quatro anos, procuram somar a segunda vitória seguida em casa, o que já não acontece desde 2023
Luís Freire aproveitou ainda para referir que precisa de toda a gente e deu os exemplos de Embaló e Hevertton, titulares contra o Betis, e de João Mendes e Vando Félix, lançados de início contra o FC Porto.
«Preciso sempre de todos, todos são importantes e têm jogado. Se calhar ninguém esperava que o Embaló e o Hevertton jogassem o último jogo ou que o João Mendes e o Vando tivessem jogado no Dragão. Portanto, há alterações que são feitas de jogo para jogo, mas sempre na perspetiva de colocar a melhor equipa em campo seja cognitivamente, emocionalmente, fisicamente, tecnicamente ou taticamente. Queremos ganhar nas duas competições, não vamos abdicar de nenhuma competição para dar a prioridade a outra. Queremos as duas, queremos estar bem nas duas e não vamos dar prioridade a nenhuma», disse, afastando a ideia de eventuais poupanças na deslocação à Invicta.
Pese a ambição, o treinador do Vitória alertou para as mudanças do Boavista, sobretudo após a chegada dos reforços e de Lito Vidigal, e confessou não esperar uma equipa à procura de apenas um ponto.
«É um Boavista que está a jogar num 5-4-1, agora com três centrais. Reforçou-se bem, precisa de ganhar também. Não acredito num Boavista a jogar para o empate porque precisa de vitórias. Vai ser um jogo aberto, vamos querer jogar e impor o nosso jogo. Contamos muito também com o apoio dos nossos adeptos, foram incansáveis no último jogo. Foram extraordinários, admirados até no país vizinho pela manifestação de apoio à chuva depois de uma viagem longa. Precisamos muito deles e acredito que amanhã vamos muito esse apoio. E esse apoio vai ser muito importante para os jogadores conseguirem superar-se», analisou.
Freire antecipou ainda um jogo «de muitos duelos, intensidade e emoção», mas acrescentou que se «o Vitória quer andar neste alto nível, tem de estar bem ao domingo, à quinta e ao domingo».
«Se queremos andar neste alto nível, temos de estar bem ao domingo, à quinta e ao domingo. Temos de estar bem. Se queremos isto, se queremos fazer disto a nossa vida e andar nas duas competições a alto nível, temos de estar bem ao domingo, à quinta e ao domingo», argumentou.
Por último, o técnico abordou ainda a situação de Beni, médio recrutado em janeiro e que não tem somado muitos minutos nos conquistadores.
«O Beni já entrou no jogo contra o SC Braga. É um jogador com quem nós contamos muito até o final do campeonato. Ele está a trabalhar bem e a oportunidade chegará. Se é amanhã ou não depois vocês vão ver, mas ele vai ser muito importante até o final da temporada. Queremos que a temporada seja o mais densa possível de jogos, portanto eu acredito muito que os jogadores estão a dar tudo para ajudar no treino, para ajudar o grupo a chegar mais forte a cada jogo. Quando chegar, seja 10, 20, 90, 70, 5 eles têm de estar preparados. Às vezes os jogadores que começam o jogo são muito importantes, mas os que acabam o jogo são decisivos. No final do jogo é que se faz o resultado, muitas vezes. Todos os jogadores são importantes e o Beni não foge à regra», concluiu.
O Clássico entre Boavista e Vitória de Guimarães joga-se às 20h30 do próximo domingo, no Bessa.